No passado dia 31 de março, na sua sede em Moura, os associados da Caixa Agrícola do Guadiana Interior aprovaram o Relatório de Gestão e Contas desta instituição referente ao exercício de 2024.
Esta instituição bancaria do interior alentejano, cuja área de actuação predomina essencialmente nos Concelhos do Distrito de Beja (Moura, Serpa, Cuba, Vidigueira, Barrancos), Freguesia de Vila Nova da Baronia, e num dos Concelhos do Distrito de Évora (Viana do Alentejo), registou uma performance económico-financeira traduzida num resultado líquido positivo de € 5.310.868, representando um crescimento de 242,73% relativamente ao período homologo, informou esta instituição de crédito.
A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Guadiana Interior obteve em 2024 um desempenho histórico, conseguindo ainda melhorar a maioria dos seus rácios prudenciais e de normativo, considerados fundamentais para o crescimento e consolidação da sua estrutura, o que permitirá incrementar mais financiamento para a economia local. A solidez da Instituição tem sido alcançada pelo cumprimento de indicadores regulamentares como o rácio NPL – non-performing loans, o rácio de adequação dos fundos próprios, e o rácio de alavancagem, os quais se alinham com os valores exigíveis pelo Regulador.
Relativamente ao desempenho na actividade de negócio da CCAM, apesar do aumento da Margem Financeira em 7,04%, verificou-se uma quebra de 1,14 % no na carteira de crédito a clientes (bruto), em contrabalanço com o aumento de depósitos de clientes em 15,66 %, face ao ano anterior.
Segundo os seus responsáveis, à semelhança do que sucedeu na banca em geral, este pico excepcional de rentabilidade de 2024, no caso desta instituição ajudado pela reversão líquida de imparidades de crédito, não será facilmente atingível em 2025, face à descida das taxas de juro no crédito, à manutenção das tensões geopolíticas à escala mundial, bem como às incertezas das decisões políticas de países considerados chave – EUA.
Foi ainda referido que para além de continuar a apoiar o crescimento económico local, esta instituição mantém o seu foco na responsabilidade social corporativa, contribuindo anualmente para um vasto conjunto de acções de âmbito cultural, desportivo e de caracter social que beneficiam as comunidades locais nos seus concelhos de actuação, procurando assim melhorar a qualidade de vida da população desta região.