O assunto que continua na ordem do dia e que está a gerar alguma preocupação à CVRA – Comissão Vitivinícola Regional Alentejana, são as taxas de 20% impostas por Donald Trump à União Europeia no que diz respeito às exportações.
Tarifas impostas pelos EUA vão ter “impacto negativo” nas exportações de azeite
Francisco Mateus, presidente dos Vinhos do Alentejo, está apreensivo com os efeitos económicos que podem advir das ordens americanas. “Os Estados Unidos da América são um dos nossos principais destinos de exportação. Creio que em 2024 foi o segundo mercado a seguir ao Brasil e representam cerca de 10% do valor das exportações de vinhos do Alentejo. Este é um mercado muito grande, que tem evoluído em termos de consumo de vinho e, portanto, que tem espaço para crescer e nos últimos anos temos tido um bom desempenho nos Estados Unidos da América”.
Com o aumento anunciado, Francisco Mateus estima que possa haver da parte dos consumidores americanos “alguma contenção nas compras porque o produto vai passar a ser mais caro para o consumidor americano e é possível que haja uma redução das compras. Só o facto de haver este aumento das tarifas, vai implicar uma diminuição da compra dos EUA. Não sei dizer qual é que será essa diminuição, mas vai reflectir-se nas transacções internacionais com estes níveis de proteccionismo e prejudicar quem compra e quem vende. Não acredito que esta solução seja boa para os Estados Unidos da América e certamente não é boa para os produtos do Alentejo, Portugueses e Europeus”.
Depois de conhecidas estas medidas, sabe-se que mais de 50 países mostraram intenção de negociar as tarifas com a América.
