Anualmente, o Ranking das Escolas atribui classificações aos estabelecimentos de ensino privados e públicos do país e já são conhecidos os dados de 2024.
A Escola Secundária de Moura ocupa a posição 531, segundo o jornal Público, tendo descido 15 posições quando comparada com 2023, em que se encontrava na classificação 516. No ranking dos exames a escola também desceu, passou do lugar 498 em 2023, para a posição 540. O número de provas apresentadas é de 136, a média nos exames é de 9,24, quando em 2023 foi de 10,66 pontos e a média esperada é de 11,08. O contexto do agrupamento é de nível intermédio.
No entanto, nem tudo é negativo. A nível nacional, a média da prova de Matemática é de 14,99 e ocupa neste ranking, uma posição favorável classificada na posição 87 num universo de 448 escolas públicas e 76 escolas privadas.
Rui Oliveira, director do Agrupamento de Escolas de Moura mantém a mesma opinião de sempre, ou seja, que este ranking dá uma informação do “panorama geral”, mas não deve ser feita uma análise “simplista” tendo em conta as “especificidades em cada região e em cada escola”. “De qualquer modo, fomos colocados numa escola intermédia com problemas e carenciada o que na nossa opinião é de alguma forma abonatório a nosso favor, isto é, a avaliação é boa para a realidade social que nós temos”.
Já a posição que a Escola Secundária de Moura ocupa no ranking “não é muito favorável”, na opinião do director. O ponto positivo é precisamente a classificação na disciplina de Matemática onde a escola tem “um excelente resultado, estamos em 87 a nível nacional e quando comparado com escolas de nível intermédio, até estamos em 34º lugar, portanto temos um excelente resultado. Às outras disciplinas de facto não. Temos de seguir os passos da Matemática para melhorar também nas outras disciplinas e tentar que nos próximos anos os nossos alunos consigam ter melhores resultados”.
Os bons resultados são indissociáveis do factor social e familiar. Rui Oliveira aproveitou o momento para “colocar o dedo na ferida” como disse, e apontar a “desresponsabilidade dos Encarregados de Educação (EE)”. E fez um apelo dirigido aos EE para que “ajudem os filhos”. “A escola tem um papel importante, mas as famílias e os pais têm um papel não menos importante do que a escola. Muitas vezes aquilo que nós sentimos é que os pais pensam que a escola é que tem a responsabilidade de tudo e não tem. A escola não tem, nem consegue ter a responsabilidade de tudo. O que eu apelo é que os pais comecem de facto a acompanhar mais os filhos, (não são todos como é evidente), mas acontece com uma parte substancial. Comecem a ter mais interesse pelo desempenho e pela vida diária dos miúdos na escola. Só com a ajuda de todos é que vamos conseguir melhorar estes resultados”, declarações à Planície do director do Agrupamento de Escolas de Moura.
