O SINTAP – Sindicato dos Trabalhadores da Administração Publica convocou uma greve de 48 horas (entre as 00h00 do dia 28 de março e as 24h00 do dia 29 de março) na Resialentejo, empresa responsável pelo tratamento dos resíduos urbanos dos concelhos de Almodôvar, Barrancos, Beja, Castro Verde, Mértola, Moura, Ourique e Serpa.
Estão em causa, segundo referiu à Planície o Coordenador Regional do SINTAP- Alentejo, Joaquim Grácio, várias situações que levaram à paralisação. Entre elas, a “violação do direito ao descanso, através da elaboração de horários ou escalonamento de trabalhadores em desrespeito pelo acordo de empresa”; a “violação dos tempos de trabalho, através da não contabilização dos períodos necessários para o fardamento e o desfardamento dos trabalhadores, sob ameaça velada, de que o incumprimento de tal instrução, determine a responsabilidade disciplinar e descontos remuneratórios”, de acordo com o sindicato.
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As reivindicações dos funcionários da Resialentejo passam ainda pelo “pagamento de trabalho suplementar devido”, a “falta de condições de trabalho”, bem como “trabalho prestado em condições de insalubridade, a inexistência de bebedouros de água nos locais de trabalho e a inexistência de casacos impermeáveis para protecção da chuva”.
Exigem também “remunerações e suplementos/complementos e um sistema de avaliação do desempenho desajustado e ilegal, gerador de avaliações de desempenho arbitrárias e injustas”.
Querem por fim, que as carreiras sejam revistas, já que o que existe actualmente são “progressões remuneratórias muito espaçadas no tempo e desiguais entre trabalhadores, que constituem um factor de desmotivação para a generalidade dos trabalhadores”.
A adesão à greve de 48 horas da Resialentejo situa-se nos 70 %, dos 120 trabalhadores que compõem a empresa, com um piquete permanente à porta da sede da empresa, em Beja.
