Com as descargas da barragem de Pedrógão, localizada a 23 km a jusante (o lado para onde se dirige a corrente da água) da barragem de Alqueva, o presidente do Conselho de Administração da EDIA detalhou a situação sem conseguir prever o que poderá acontecer nos próximos dias, com a cota da Albufeira nos 151.50 metros, apenas a 50 cm do nível pleno de armazenamento no dia 13 de março. José Pedro Salema disse ser essencial tentar controlar o nível das águas em Alqueva, com recurso apenas às centrais hidroeléctricas.
Barragem de Pedrógão está a descarregar para controlar armazenamento em Alqueva
“A partir desta cota, as normas de exploração ditam que devemos ter alguns cuidados, nomeadamente em articulação com a concessionária das centrais hidroeléctricas e temos que evitar o bombeamento, evitar que entre mais água da albufeira de Pedrogão para a albufeira de Alqueva. Mas estamos num nível perfeitamente confortável e sem qualquer motivo de preocupação”.
O responsável observou durante a comunicação não conseguir “prever exactamente quando ou se vamos utilizar os descarregadores de superfície, aqueles que provocam um espectáculo visual mais impressionante, mas de facto essa descarga não tem nenhum benefício económico e, portanto, tentaremos controlar o nível das águas em Alqueva, utilizando apenas as centrais hidroeléctricas que têm uma capacidade muito relevante, na ordem dos 800 m3/s”.
A precipitação dos próximos dias, vai ditar provavelmente novas descargas na barragem de Pedrógão, “com os caudais afluentes das várias linhas de água e em especial do rio Ardila e por termos atingido a cota que referimos e evitando o bombeamento para Alqueva”, declarações de José Pedro Salema, presidente da EDIA.