Impacto Económico de Alqueva vai ser apresentado na presença do Governo

O Estudo de Avaliação do Impacto Económico da Implementação do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva vai ser apresentado brevemente, no Centro Alqueva, junto à Barragem, num evento que contará com a presença da Ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, e do Ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes.
O Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva (EFMA) assenta no conceito de fins múltiplos e na gestão integrada da sua reserva estratégica de água, apresentando-se como um “projecto estruturante no sul de Portugal e um investimento âncora no Alentejo”, segundo a EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, cuja principal finalidade é “viabilizar e promover o desenvolvimento regional nas suas vertentes económica, ambiental e social”.

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As valências do projecto não se concentram apenas na agricultura, actualmente com uma área em exploração de 130 000 hectares, mas também no abastecimento público de água (com o reforço às albufeiras que integram o sistema e que abastecem cerca de 200 000 pessoas), na produção de energia hidroeléctrica em modo reversível (com capacidade de abastecer 500 000 habitantes), complementado com fotovoltaica em terra e flutuante, no desenvolvimento de actividades turísticas e na preservação do território e do ambiente.
O estudo a apresentar, visa compreender os efeitos estruturantes da implementação do EFMA na economia local e nacional, analisando os benefícios gerados de forma holística, considerando as diferentes fases do projecto e os efeitos multidimensionais resultantes da sua natureza de fins múltiplos, expõe a EDIA.
Para isso, foram capturados tanto os impactos autónomos do EFMA, provenientes da sua construção e exploração, como os impactos catalisados, decorrentes da viabilização das atividades económicas nos principais setores beneficiários – Agrícola, Agroindustrial, Turismo e Energia –, abrangendo a sua área de influência, que inclui 23 concelhos, dos distritos de Beja, Évora, Setúbal e Portalegre.

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O comunicado assinala ainda que o EFMA “apresenta um contributo importante para os grandes desafios e objectivos nacionais ao nível da redução sustentada do consumo de energias não renováveis e da transição para uma economia de baixo carbono, através da produção de energia hidroelétrica e solar.” Além disso, “apoia a modernização do sector agrícola, a criação de emprego, o turismo e a fixação de jovens agricultores, reforçando a gestão integrada de água e energia e alinhando-se com diversas estratégias nacionais”.
A análise do impacto económico da actividade do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, nomeadamente no que refere o impacto na Receita Fiscal, contribui para uma outra reflexão, de eficiência da aplicação de financiamentos públicos, através da qual se pode afirmar que à data de hoje o EFMA já garantiu um retorno financeiro (recuperação do investimento simples, não actualizado pela inflação e/ou ponderado pelo custo de oportunidade) para o Estado superior aos recursos investidos.

O estudo também aponta desafios para o futuro de Alqueva como a necessidade de equilíbrio na “gestão da água, melhorias na infraestrutura para turismo e soluções para escassez de mão de obra”, focou a EDIA.
A sessão iniciará às 15h00, com a Ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, seguida da presença do presidente da EDIA – José Pedro Salema, que abordará o contexto do projecto. A apresentação do Estudo de Avaliação do Impacto Económico de Alqueva será às 15h20 e às 15h40, a Mesa Redonda moderada em princípio por Sérgio Figueiredo (ainda a confirmar) e os convidados Francisco Gomes da Silva e Pedro Siza Vieira. Abre-se uma sessão de perguntas e respostas às 16h30 e às 16h40, o encerramento com o Ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes.

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