A greve marcada para hoje, 28 de fevereiro, para os trabalhadores de todos os sectores da Administração Local, promete ter um “impacto significativo nos serviços da região”, de acordo com Vasco Santana, representante da Direcção Regional de Beja do STAL – Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins.
O protesto agendado para as 14h30, na Praça da Figueira até ao Ministério das Finanças em Lisboa, envolve muitos milhares de trabalhadores da Administração Local e do sector empresarial que são, segundo o organismo, o “parente pobre” de toda a Administração Pública e auferem, em média, um salário base 35% inferior aos da Administração Central.
Vasco Santana contextualiza que a acção de luta de hoje é sobretudo por haver “falta de respostas do Governo à proposta reivindicativa enviada no final do ano pelo STAL”. Nesse sentido aquilo que está em cima da mesa “é o aumento salarial de 150 euros ou de 15%, a actualização do subsídio de refeição para 10.50 euros e um conjunto de matérias que dizem respeito à Administração Local e outras como as questões do suplemento e avaliação”.
Na manifestação são esperadas “algumas centenas de pessoas” do distrito de Beja, segundo o sindicato, um procedimento semelhante a outros realizados anteriormente e que envolve vários autocarros da região para transportar os funcionários até Lisboa. “Garantidamente vamos ter uma boa participação dos trabalhadores”, assegura Vasco Santana.
Além desta acção de luta, o protesto passa também pelo pré-aviso de greve emitido pelo STAL, o que implica a paragem de serviços autárquicos, de empresas municipais e concessionárias.
A paralisação de hoje da Administração Local, coincide com a greve de Assistentes Operacionais da Federação dos Sindicatos da Função Pública e que se prevê que tenha resultados no encerramento de escolas.