Baixo Alentejo – Herdade Vale da Rosa renegoceia dívida à banca de 17 milhões

Outrora a Herdade da Vale da Rosa, no concelho de Ferreira do Alentejo, foi considerada como um dos maiores empregadores do Alentejo, com mais de 280 hectares de terra, 100 dos quais destinados à produção de uva de mesa sem grainha, propriedades geridas pelo Comendador António Silvestre Ferreira e pelo filho Henrique Silvestre Ferreira. Em 2023, altura em que a Planície realizou uma reportagem no Vale da Rosa, era este o cenário de sucesso e progressão.

Um ano depois, em 2024, o grupo empresarial, o maior produtor nacional de uva de mesa, “viu-se a braços” com graves problemas financeiros e entrou em Processo Especial de Revitalização para renegociar uma dívida à banca de cerca de 17 milhões de euros. Este é um processo que evita a insolvência, com a empresa a tentar acordos com instituições bancárias como a Caixa Geral de Depósitos, o BCP, o Santander, o Novo Banco, o BBVA e o BPI, sendo este o maior credor, segundo informações veiculadas pela imprensa.

As dívidas não são apenas aos bancos, mas também a fornecedores de bens e prestação de serviços, empresas de leasing, cooperativas, Autoridade Tributária e Segurança Social.
O cenário trágico começou o ano passado quando o Grupo Jerónimo Martins – Pingo Doce, encerrou o contrato com o Vale da Rosa, assim como o Lidl e as encomendas caíram perto de 50%.
As negociações estão a decorrer, mas o desfecho é para já imprevisível.
A Herdade Vale da Rosa contribuiu para o crescimento do concelho de Ferreira do Alentejo com empregabilidade e sustentabilidade agrícola, além do factor turismo.

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