Alunos de Beja valorizam as tradições e expõem a partir de hoje as suas obras em cerâmica

De 5 de fevereiro a 1 de março, a Biblioteca Municipal de Beja recebe a exposição “Da Antiguidade à Contemporaneidade”. Beja possui na sua história secular uma relação enraizada nas artes de trabalhar o barro e a azulejaria. Terra, água, engobes, óxidos e vidrados, imaginados por necessidade, religiosidade e estética.

Embora esta relação/ tradição se tenha perdido na memória dos tempos, havendo apenas um oleiro em Beringel que conserva os saberes da olaria, há quem continue de outras formas a resistir ao desaparecimento de uma relação/ identidade que conta no seu curriculum com pelo menos 550 anos de idade. Os alunos do CEF da Escola Mário Beirão instigados e orientados pelos seus professores, entraram no universo mais desafiante e criativo – o das artes.

Estes novos ceramistas, a quem lhes foi ensinado que a tradição é um espaço colectivo que a todos pertence e como tal todos a constroem e reconstroem, ao jogarem as mãos ao barro, às técnicas, aos antigos saberes e à contemporaneidade, descobrem em si um potencial até então desconhecido. São jovens que já concluíram ou irão concluir o 9º ano da área cerâmica. É um convite à descoberta de um património que se mantém vivo pela capacidade de se transformar e de inspirar novas narrativas. Trabalhos elaborados pelos alunos dos cursos de Educação e Formação (CEF) de Pintura e Decoração Cerâmica, Mário Beirão, do Agrupamento nº 2 de Beja.

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