Erasmus + – Escola Secundária de Moura participa em projecto europeu sobre identidade de género
Certificada como uma das Escolas Erasmus + e acreditada com o programa “Erasmus +”, a Escola Secundária de Moura foi convidada pela Universidade de Évora a participar num projecto de cooperação com universidades europeias, nomeadamente em Forges-les-Eaux, na Normândia, França e em Patras, Grécia, em que os alunos de Moura e dos dois países em questão, têm desenvolvido o estudo “Gender Neutr’All”, sobre igualdade e identidade de género.
A novidade foi partilhada à Planície através da coordenadora do programa Erasmus + da escola de Moura, a professora Graça Garcia. Os estudantes iniciaram a cooperação no 9º ano e desde então o mesmo grupo, que se encontra actualmente no 11º ano, continua a trabalhar na pesquisa. O ano passado estiveram em França a desenvolver esta mobilidade que não é “um projecto de ensino escolar, mas de cooperação, relacionada com o ensino superior e que a universidade daquele país está a desenvolver”, explicou a docente.
A experiência é sempre de “grande entusiasmo para os alunos porque implica muita alegria e convivência e acaba por tocar todos os objectivos do Erasmus +, neste caso o programa 2021/2027”, relatou a professora. Estes intercâmbios permitem aos estudantes sentir que são parte essencial dos programas. “Desenvolvem o espírito europeu e percebem que afinal de contas, Moura, apesar de estar num cantinho da Europa, também os jovens daqui têm as mesmas perspectivas, os mesmos anseios que os jovens franceses ou gregos. Essa dimensão europeia está muito presente, têm contacto com o currículo das outras escolas e quando estão em mobilidade frequentam as aulas com os colegas, desenvolvem algumas actividades que têm a ver com o projecto, como a tolerância, a diversidade, a inclusão, a participação na vida democrática que é outro dos objectivos do programa. Os professores que desenvolvem as actividades e as pensam, tentam sempre tocar estes temas subjacente a este programa 2021/2027”, esclareceu Graça Garcia.
Em 2025, as mobilidades dos alunos da Escola Secundária de Moura lá fora terminaram, “talvez haja para o final do ano”, especificou a professora, no entanto a escola vai receber em abril estudantes de Itália. Com este país, a professora ressalvou a experiência vivida no final do ano lectivo passado com o projecto “Hidren Natural Corner in Europe” e a descoberta da parte dos estudantes italianos de “recantos naturais aqui da zona. O ex-libris foi a Herdade da Contenda e foi um programa com imenso sucesso, em que contámos com a ajuda do Dr. Pedro Rocha (administrador da Contenda)”.
O calendário Erasmus + implica mobilidade de alunos, professores e técnicos. Nesse sentido, este ano, são cerca de 10 os professores e técnicos de psicologia que irão fazer os chamados “cursos estruturados” fora do país, em que durante uma semana trabalham “práticas pedagógicas para desenvolverem a sua actividade profissional”, avançou a docente. Graça Garcia elucidou que há ainda outro tipo de mobilidade direccionada a docentes e técnicos, conhecida como job shadowing. “Vamos acompanhar durante uma semana o trabalho que o colega desenvolve nas áreas de psicologia, de alunos com necessidades educativas especiais ou outro tipo de actividade que a cada um interesse mais”.
E é com orgulho que a docente conclui que na questão do programa Erasmus +, a Escola Secundária de Moura “é muito bem vista nestes projectos. Somos uma escola acreditada, ou seja, somos uma escola Erasmus e já temos alguma confiança para sermos autónomos em relação àquilo que queremos ou não queremos fazer”.
