Diva Ribeiro, a deputada do CHEGA eleita pelo círculo de Beja, não considerou como “positivo” estes cerca de nove meses de trabalho e demonstrou alguma “frustração” com as propostas anunciadas pelo partido para a região e que não passaram no crivo. “Não é de todo positivo porque desde o início todas as propostas que foram apresentadas pelo CHEGA relativamente ao distrito de Beja não foram aprovadas. Foram várias as que apresentei, aquelas que eu penso serem as maiores necessidades, nomeadamente as infraestruturas, a conclusão da A26, autoestrada do Baixo Alentejo e a ligação da ferrovia ao Aeroporto de Beja”.
Em relação ao Hospital José Joaquim Fernandes no que diz respeito à sua recuperação e aumento, mostrou-se crítica e afirmou que o que está contemplado no Orçamento do Estado para 2025 “pouco mais dá para fazer o projecto de arquitectura e o que se concluiu é que terão de fazer novos estudos”.
Já na agricultura que considera ser “o motor económico do distrito”, Diva Ribeiro realçou que a única recomendação aprovada foi a do Bloco de Rega de Moura e frisou que “foi o CHEGA que apresentou a proposta de resolução, apesar do PSD dizer o contrário”. “Como conclusão de tudo isto foi a aprovação do péssimo Orçamento do Estado que em nada beneficia o distrito de Beja, que continua a não ser considerado pelos governos. O desinvestimento é a realidade, mas nós não desistiremos, somos muito objectivos nos nossos propósitos e vamos continuar sempre a apostar (na região)”.
Metas à parte, a deputada não esconde a “preocupação grande” com a imigração e com a “insegurança que está a afectar o distrito, nomeadamente a cidade de Beja”. Sublinhou que o partido questionou o Governo e a Ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, mas que não obteve “resposta relativamente a esta questão. Para o Governo não é mais do que uma “percepção” por parte das pessoas, mas nós acreditamos que é muito mais do que isso”, referiu.
A deputada diz que o trabalho por cá é para continuar com mais propostas para que o território tenha “infraestruturas, saúde como merece e estruturas de habitação para que os médicos se fixem no distrito de Beja”.
