Ainda sobre o assunto da rejeição da desagregação da Freguesia de Santo Amador, concelho de Moura, da parte da Assembleia da República, o presidente da União de Freguesias de Moura e Santo Amador, esclareceu o que aconteceu. “O problema foi a má condução de todo o processo por parte da Comissão de Luta”. Francisco Canudo Sena, declarou à Planície que tanto da sua parte, como do lado do Partido Socialista, “nada tínhamos contra a criação da Freguesia de Santo Amador, mas de acordo com o que a lei determina, não aceitaríamos a sua desagregação porque a mesma obrigava à desagregação das duas freguesias de Moura (Santo Agostinho e São João Baptista), condição que para nós era absolutamente inaceitável”.
Por essa razão, continuou “embora concordando com a Comissão da Freguesia de Santo Amador, não poderíamos aceitar de forma natural que isso acontecesse, nem tínhamos poderes para nos opor porque essa seria em última instância, uma decisão da Assembleia da República”, assegurou.
Francisco Canudo Sena afirmou de forma directa que a lei (39/2021), que determina a desagregação das freguesias, “tinha prazos a cumprir e que é certo que a Comissão de Luta não cumpriu esses prazos”. “E quer depois de tudo isso, imputar à Junta de Freguesia a responsabilidade por tal. Não. Eu já disse ao João Ramos (Comissão de Luta), de uma forma elegante e educada, que a maneira como o processo foi tratado foi de absoluta ligeireza, porque não quer dizer que foi incompetente nem negligente”.
O responsável indicou ainda que houve “duas Assembleias de Freguesia, uma delas com duas sessões que ocorreram nos dias 2 e 15 de dezembro (2022) e por razões que só a presidente da Assembleia poderá explicar, foram adiando a deliberação. Quando o processo chegou à Assembleia Municipal, já não houve tempo para que se realizasse uma Assembleia Municipal Extraordinária porque o prazo terminava a 21 de dezembro”, especificou.
Canudo Sena quis deixar o assunto clarificado ao afirmar que “não houve por parte da União de Freguesias de Moura e Santo Amador nenhuma manobra dilatória. Houve sim uma total ligeireza da Comissão de Luta em tratar o assunto e não foram capazes de chegar com o processo a “bom porto” com essa responsabilidade e têm que assumir custe o que custar. Os documentos demonstram-no e somos capazes de o provar publicamente”, assegurou o presidente.
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Para encerrar o assunto pontualizou que “anteontem (dia 17), em sede de Assembleia Municipal, tudo isto foi debatido e explicado e não houve contestação”. Declarações de Francisco Canudo Sena, sobre o processo da rejeição da desagregação da Freguesia de Santo Amador.