No seguimento dos últimos acontecimentos que causaram vários constrangimentos aos nossos utentes do Serviço de Urgência Básico (SUB) de Castro Verde e do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, Gonçalo Valente reuniu com o Conselho de Administração da ULSBA. Na conclusão da conversa, assegurou que para dezembro, as escalas da SUB de Castro Verde “estão asseguradas, garantindo assim o seu normal funcionamento”.
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No comunicado enviado e ainda a propósito da reunião dos autarcas do PS sobre o encerramento das urgências de Castro Verde, o deputado da Aliança Democrática apontou o dedo ao presidente da Câmara desta autarquia, António José Brito, por ter afirmado publicamente que este cenário ainda iria piorar. Gonçalo Valente desmentiu esta informação e considerou-a como “falsa”. “Friso que de facto é verdade que nos últimos sete meses este serviço encerrou quatro vezes, mas também é verdade que entre julho de 2023 e janeiro de 2024, o SUB encerrou as mesmas quatro vezes. Curiosamente, nessa altura não vi o Sr. presidente da Autarquia Castrense tomar a iniciativa de formar uma Comissão Administrativa para defender o SUB de Castro Verde. Será porque o Governo nesse período era socialista?”.
O representante eleito pelo círculo de Beja insurgiu-se também contra o PCP que segundo o próprio, o partido “não quis ficar atrás e tentou apanhar o comboio do populismo e até marcou uma manifestação para sábado à porta do SUB, na esperança de o apanhar fechado para o impacto ser maior. Contudo, teve azar, já que a situação se resolveu e este serviço trabalhou normalmente”, refere o deputado da AD.
Gonçalo Valente ressalvou um suposto “esquecimento” dos autarcas relativamente à redução da lista de pessoas sem médico de família no distrito de Beja que reduziu de “mais de 18 000 para 12 000”.
Não deixou, no entanto, de mostrar preocupação sobre “a falta de resposta, ainda, para garantir as escalas da pediatria em Beja (Hospital José Joaquim Fernandes), para alguns dias do mês de dezembro, agudizando esta situação com a entrada de uma pediatra em licença de maternidade”. O deputado garantiu que a situação para já, é a de “um esforço hercúleo para reduzir o impacto desta circunstância e vai ser apresentada à direcção executiva do SNS uma solução, pelo que vamos aguardar para perceber a sua viabilidade e acolhimento”, avançou o deputado da AD eleito por Beja.