O presidente da Federação do Baixo Alentejo do PS foi questionado pela Planície sobre as mudanças do Orçamento do Estado 2025 que possam beneficiar a região. Na visão geral da proposta que está por estes dias a ser discutida na especialidade, no entender de Nelson Brito, o documento dá “uma mão cheia de tudo, com uma mão cheia de nada”. O deputado afirmou que o orçamento “prevê apenas verbas com pouco compromisso em concreto do que são as intenções de executar com essas verbas áreas como a agricultura, a saúde, a educação e administração interna. Enfim, tudo o que é um desenho de um orçamento, mas que o Governo da AD encontrou uma nova fórmula, ou seja, apresenta a verba, mas sem dizer quais são as intenções de medidas e de concretizações”.
Apesar disso, no caso do Baixo Alentejo, Nelson Brito elogiou o facto do novo orçamento “não rasgar” os compromissos que já vinham do passado, “com maturidade, com experiência de várias intervenções que tinham capacidade de serem executadas, com projectos feitos, com verbas financeiras acopladas, entre o PRR e o 2030”. Enumerou no âmbito da saúde, “as extensões de saúde de todo o Baixo Alentejo, as duas SUB (Serviço de Urgência Básica) de Moura e de Castro Verde, os Centros de Saúde de Ourique e de Vidigueira e a segunda fase do Hospital de Beja”.
Na educação, um conjunto de medidas que podem vir a beneficiar as escolas e o papel importante da “descentralização” e das “autarquias” na relação com o Governo Central.
Saúde e acessibilidades incluídas no Orçamento do Estado 2025 para a região
Na mobilidade, mais concretamente no IP8, “nomeadamente no troço entre Santa Margarida do Sado e Ferreira e entre Ferreira e Beja, assim como o compromisso da ferrovia no caso da electrificação de Beja/Casa Branca”, realçou o deputado. Nelson Brito sublinhou ainda que no documento em discussão, estão integradas “uma série de concretizações que prevê a continuidade de um trabalho que vinha sendo feito pelo Governo do Partido Socialista e aí queremos dar uma nota de satisfação”.
No entanto, para o presidente da Federação do Baixo Alentejo do PS, o Orçamento do Estado 2025, não contempla “uma visão nova nem estratégica do Governo AD para o Baixo Alentejo”, com aquilo que são “as necessidades da região”, reafirmou.
O deputado precisou à Planície que a região, “tem de ganhar uma robustez maior do ponto de vista da capacidade económica, não só com a água, não só com a intervenção da rede primária e secundária de Alqueva, mas ganhar uma robustez com novos troços rodoviários que precisam de ser melhorados”. E continuou: “A região precisa de ser mais competitiva, não só económica, mas do ponto de vista da mobilidade. Necessitamos de um território mais atractivo e que nos faça querer viver aqui e esse orçamento não existe. E é por aí que também nós entendemos que o Governo AD deveria dar um novo impulso com um orçamento de um Governo que entra de novo e que deveria ter um novo olhar sob a região”, declarações de Nelson Brito sobre o Orçamento do Estado para o distrito de Beja.
