PCP apresenta propostas do Orçamento do Estado 2025 para o Baixo Alentejo

A Direcção da Organização Regional de Beja (DORBE) do Partido Comunista Português, focou-se nos aspectos que na sua opinião são os mais relevantes do Orçamento do Estado 2025 para o Baixo-Alentejo. Nesta primeira análise, o PCP não concorda com o orçamento apresentado, nomeadamente em aspectos prioritários para a região e explicou em nota de imprensa que o mesmo está feito “à medida dos grandes grupos económicos, que não serve quem trabalha, ou quem tem reformas baixas. É um orçamento que não contribui para corrigir as assimetrias regionais, nem para fortalecer o poder local e a sua capacidade de intervenção”. Em suma, para a DORBE, este instrumento de gestão de receitas e despesas do Estado, está “contra os trabalhadores e o desenvolvimento das regiões do interior” e confirma da parte do Governo PSD/CDS “a falta de vontade destes partidos em resolver os problemas da região.

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Na saúde, “a obra de ampliação e remodelação do Hospital Distrital de Beja, fica-se apenas pelo compromisso das diligências, não sendo neste momento claro até que ponto se poderão concretizar as obras de ampliação” e “não é prevista a reversão para a esfera pública do Hospital de S. Paulo em Serpa, persiste a ausência de medidas para resolver a falta de médicos e de outros profissionais de saúde”.
A situação na ferrovia, “continua a arrastar-se em promessas e mais promessas. Está por abrir o concurso para as obras de electrificação e modernização da linha entre Casa Branca e Beja e o projecto de electrificação dessa linha continua a não incluir a ligação ao aeroporto; a reposição e a modernização da linha entre Beja e Funcheira, obra fundamental para uma ligação directa a Faro é mais uma vez esquecida”.

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Sobre a rodovia, o partido menciona que as obras que estão previstas “não correspondem ao necessário e mais uma vez atrasam antigas e justas reivindicações das populações, como é o caso do necessário IP8, com 2 vias em cada sentido, sem portagens, entre Sines e Vila Verde de Ficalho. É igualmente patente a inexistências de verbas e projectos que possam dar resposta à urgente beneficiação geral das estradas da região”.
No que se refere à agricultura e à gestão eficiente dos recursos hídricos “não se avança de forma decisiva com a concretização de perímetros de rega associados ao Alqueva, de que são exemplos o Bloco de Moura (de que só agora foi lançado o concurso cuja área foi amputada). O Bloco de Póvoa-Amareleja (com Título Único Ambiental desde 27/04/2018), que com desculpas sem sentido por parte do actual e do anterior governo é atirado para as calendas gregas e o Bloco da Vidigueira (com Título Único Ambiental desde 24/02/2020) que também tarda em concretizar-se”. “A par destes aspectos impõe-se uma alteração profunda no modelo de exploração agrícola que deve ter como prioridade assegurar a soberania e a segurança alimentar”.
A Direcção da Organização Regional de Beja reafirma os objectivos assumidos no compromisso da CDU para a região e a necessidade da sua concretização “na promoção do aumento geral dos salários e pensões, o emprego e valorizar o trabalho e os trabalhadores”, entre outros pontos de interesse para o Baixo Alentejo.

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