“Língua Azul” afecta o Baixo Alentejo – PS e CHEGA alertam para a urgência na vacinação

De acordo com os dados publicados pela Lusa, os distritos de Beja e Évora são os mais afectados pela doença do novo Serotipo 3 do vírus da Febre Catarral Ovina, mais conhecido como “Língua Azul”, com pelo menos 279 explorações de bovinos e ovinos abaladas, atingindo mortalmente perto de 1.775 animais. As consequências são graves para os produtores, já que doença está disseminada por todo o Alentejo.

O Partido Socialista chamou a atenção para o sério problema com os deputados Nelson Brito, de Beja, Ricardo Pinheiro, de Portalegre, Luís Graça, de Faro e a deputada Clarisse Campos, do Porto, a apresentarem um projecto de resolução na Assembleia da República, para que se “promova com urgência a realização de uma Campanha de Vacinação do Efectivo Ovino Nacional contra a doença da “Língua Azul” Serotipo3”. O documento contempla também que se proceda à criação de “medidas de apoio financeiro para (os agricultores) fazerem face aos prejuízos decorrentes da doença”.

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Além do PS, também a Comissão Política da Distrital de Beja do partido CHEGA, alertou para os prejuízos na região que “são incalculáveis, com perdas superiores a 50% em comparação ao mesmo período do ano anterior, deixando os agricultores locais numa situação financeira vulnerável e exigindo acção urgente”, avançou Mário Cavaco.
Beja em coordenação com a deputada eleita pelo distrito, Diva Ribeiro, e todo o partido CHEGA, “manifesta a sua solidariedade com os agricultores, que estão a enfrentar desafios extraordinários” e expressa o seu compromisso em procurar “respostas claras e soluções eficazes, pois este é um momento em que as entidades políticas e governamentais devem actuar de forma coordenada e decisiva, com o objectivo de mitigar o impacto da doença e garantir a sustentabilidade da produção agropecuária na região”.

A Distrital de Beja do CHEGA questiona ainda quais são os dados mais recentes sobre a extensão da doença e a sua disseminação a nível nacional, particularmente no Baixo Alentejo. “Transparência nas informações é crucial para que os agricultores e as suas organizações possam adaptar-se às medidas necessárias para combater o vírus”.
O partido solicita igualmente informações ao Ministério da Agricultura e Pescas e à CCDR Alentejo que detém a Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) sobre “medidas de profilaxia, incluindo vacinação, além de possíveis incentivos para abates sanitários, como forma de controle epidemiológico e apoios à perda na produção”. Reforçam que este “é o momento de unir esforços em prol da protecção da saúde animal e da sustentabilidade do sector agropecuário, que é vital para o distrito de Beja e para o País”, frisou o CHEGA de Beja.

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