Na reunião do Comité de Acompanhamento Nacional PEPAC – Plano Estratégico da Política Agrícola Comum e da sua reprogramação, realizada na passada semana, o Secretário-Geral da CONFAGRI, Nuno Serra, reiterou a oposição da Confederação das Cooperativas Agrícolas, relativamente aos “drásticos cortes pelo Governo no investimento agrícola”. O gestor considerou “simplesmente incompreensível” a exigência de o sector ser competitivo sem investimento e com “cortes tão significativos”, num domínio essencial como é o agroalimentar, que “além de insubstituível, contribui positivamente para a economia portuguesa e gestão activa do seu território”, realçou.
Os cortes de 221 milhões de euros no Investimento e Rejuvenescimento, de 181 milhões na Sustentabilidade em Zonas Rurais, as reduções de 55 milhões no Risco e Organização da Produção e, ainda, o corte de 23 milhões de euros no Conhecimento, “são para a CONFAGRI abdicar de um futuro mais competitivo e de uma política pública que fomente a produção e o crescimento do sector agrícola”, reiterou Nuno Serra. O ex-deputado garantiu ainda que esta reprogramação “está a incentivar a queda do investimento e o desinteresse dos investidores no sector agrícola e agroalimentar nacional”.
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Neste novo planeamento do PEPAC a Confederação Nacional de Agricultura também assistiu à reunião e já tornou público o seu ponto de vista: “Face às opções políticas tomadas pelo Governo, a posição da CNA não poderia ser outra que não a de dar um voto negativo a esta reprogramação, que prejudica fortemente as pequenas e médias explorações agrícolas, a Agricultura Familiar”.
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