João Félix Pires, estudante do 11º ano da área de Ciências e Tecnologia na Escola Secundária de Moura, participou na 3ª edição do concurso “Astronauta por Um Dia”, uma acção organizada pela Agência Espacial Portuguesa, que decorreu no final de setembro na Base Aérea Nº 11 em Beja.
O aluno de Moura embarcou juntamente com 29 jovens, no Airbus A310 para vivenciarem um voo parabólico e a ausência de gravidade, uma sensação igual àquela que os astronautas experimentam no Espaço. Mais do que “uma experiência fantástica”, João Pires, aconselhou outros colegas a candidatarem-se à edição do próximo ano por ser “uma oportunidade única”, onde fez vários amigos.
Depois de passar por várias etapas e sempre na expectativa de achar que não iria ser seleccionado, o jovem estudante concluiu as fases todas. O envio de um vídeo, testes de raciocínio, rapidez e memória, testes físicos e a resposta à questão “se chegasse a Marte o que diria”? valeram-lhe o passaporte para uma das maiores aventuras da sua vida. E o que diria se chegasse a Marte? “Diria que demos um passo extraordinário e que agora nada nos impedirá de explorar o Universo, criar habitações e progredir cientificamente”. A resposta quem sabe, de um futuro astronauta mourense que sonha ir longe. E depois do que sentiu na gravidade zero durante 5 minutos, com períodos de 20 segundos e um total de 20 parábolas, o interesse pelo Espaço ficou ainda mais desperto e a sensação de leveza e liberdade, foi mesmo “uma cena inexplicável que me inspirou a seguir a área das engenharias, principalmente a Engenharia Aeroespacial”.
Da coordenação, desde que foi chamado até entrar no Airbus A310, o participante, só tem a dizer o melhor. “Tudo muito bem organizado”.
Uma experiência que deixou João Félix Pires nas nuvens, mas com os pés bem assentes na terra com a certeza de que vale a pena correr riscos calculados.