O Partido Ecologista “Os Verdes” dirigiu, esta semana, uma pergunta ao Ministério da Agricultura e Pescas, solicitando esclarecimentos relativamente à insustentabilidade da produção intensiva e super intensiva de olival e amendoal, bem como à incompatibilidade deste modo de agricultura com apoio nos “objectivos inerentes à Lei do Restauro da Natureza”.
Bloco de Rega de Moura – Ministro da Agricultura garantiu início da obra brevemente
A transformação dos solos em monoculturas de exploração intensiva deixou de estar a ser circunscrito ao Alentejo, em particular na área de influência da Barragem do Alqueva, tendo-se alastrado a outras áreas do país, dizem os ecologistas. Em comunicado referem que esta situação, “acarreta consequências profundamente nefastas para os ecossistemas, resultando na perda de biodiversidade, na extinção de espécies, e no uso massivo de agroquímicos, que contribui para a morte de milhares de animais e insetos, com especial ênfase para os polinizadores”. Além disso, manifestam que esta prática “coloca em risco a saúde pública devido à contaminação dos solos e das águas, assim como à dispersão aérea dos produtos fitofarmacêuticos utilizados nestes modos de culturas intensivas”.
Foram várias as iniciativas parlamentares que Os Verdes apresentaram na Assembleia da República. Um dos Projectos Lei garante “um distanciamento mínimo de 300 metros entre o extremo de culturas agrícolas permanentes super intensivas e os núcleos habitacionais”.
Tiago Aldeias da Comissão Executiva do Partido “Os Verdes” defende a ideia de que a agricultura deve ser de “proximidade, ligada às populações e à produção de produtos que são necessários para o consumo do país e não uma agricultura de exportação, que não deixa quase nenhuma riqueza no país e que degrada os solos”, segundo declarações à Planície.