Entre os motivos da greve nacional agendada para hoje e amanhã, 24 e 25 da FNAM – Federação Nacional dos Médicos, em frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa, estão as irregularidades nos concursos e na contratação de médicos para o SNS.
Em nota de imprensa enviada à Planície, a federação expõe que o Ministério da Saúde liderado por Ana Paula Martins, “decidiu unilateralmente alterar as regras dos concursos”, o que resultou, segundo a FNAM, “no atraso inaceitável na contratação de especialistas para o SNS. Esta é uma das várias razões pelas quais fomos empurrados para a greve geral dos dias 24 e 25 de setembro, e para a manifestação nacional do dia 24, às 15h00, em frente ao Ministério da Saúde para exigir uma Ministra que sirva o SNS”.
Tal como a FNAM tinha avisado, meio ano depois de 1350 médicos terem concluído a sua formação, apenas 400 estão colocados no SNS, devido à alteração unilateral das regras dos concursos para a contratação de especialistas por parte do Ministério da Saúde. “Os piores atrasos na colocação são na Medicina Geral e Familiar (MGF)”, denunciam.
Além disso, dizem ainda que têm ocorrido atrasos nos concursos e irregularidades na contratação de médicos em várias instituições, com abertura de vagas que depois fecham, sem que o procedimento concursal esteja concluído, deixando médicos de fora, como é o caso da Saúde Pública.
“A FNAM defende que os concursos de colocação dos recém-especialistas sejam nacionais, com regras transparentes e equitativas para todos, e que os contratos estejam em conformidade com a Lei”.
A federação exige “um SNS de excelência para a nossa população” e voltam hoje e amanhã aos protestos em frente ao Ministério da Saúde.