O projecto criado pela Lux Optimeyes Energy (LuxOEnergy), a unidade híbrida da Europa de fabrico de painéis solares flexíveis e de baterias de lítio situada em Moura, criou a primeira comunidade de energia precisamente na cidade e que integra cinco edifícios que estão já trabalhar com os primeiros 100 kilowatts fornecidos pela LuxOEnergy. Futuramente, um dos edifícios a beneficiar deste suporte de energia renovável será a Câmara Municipal de Moura. Na verdade, este era um dos objectivos da administração, ou seja, “os primeiros painéis da fábrica servirem a comunidade de Moura”, segundo indicou Miguel Matias.
O gestor encara este propósito como uma forma de retorno de agradecimento pelo “carinho e empenho que a própria cidade e a Câmara Municipal de Moura colocaram no projecto. A garantia é a de que estamos a contribuir com energia renovável para a cidade de Moura, além da criação de emprego e desenvolvimento para a região”, afirmou.
A fábrica mantém a produção continua dos equipamentos inovadores e além de Moura, forneceu mais três Municípios, todos eles no Alentejo, nomeadamente Évora, Cercal do Alentejo e Sines com mais comunidades de energia renovável. Especificamente, as comunidades energéticas estão ligadas a empresas ou organizações locais que se unem para consumir e partilhar a energia renovável, concretamente a energia solar.
A administração tem em desenvolvimento mais projectos piloto a acontecerem em simultâneo especificamente com a empresa Águas de Portugal, Galp Energia e Porto de Lisboa. “Nesta fase são pequenos, mas podem trazer grandes oportunidades para o futuro”, é assim que o gestor encara estas novas possibilidades de comercialização.
Aqui mais perto, a empresa está a avaliar novas parcerias locais, desta vez com a electrificação dos barcos de Alqueva e ainda as baterias internas para camiões, respectivamente na componente electrónica.
Na vanguarda da inovação tecnológica e das empresas emergentes, a LuxOEnergy não passou despercebida a duas startups nacionais para os dois projectos mencionados (electrificação dos barcos de Alqueva e a componente electrónica de baterias internas para camiões), com a tecnologia da fábrica de Moura a ser “olhada” para construir novas situações, sendo esse um dos objectivos da unidade fabril, o de gerar “novos modelos de negócio”, concluiu o administrador Miguel Matias sobre a evolução da unidade fabril em Moura.