A Exposição “O artesanato tradicional guardião de memórias”, de Carlos Feixeira, vai estar patente ao público no Museu Municipal de Vidigueira, entre 17 de setembro e 3 de novembro. A abertura da exposição terá lugar hoje, pelas 17h30.
Carlos Caldeira Feixeira (1935-2005), natural de Chancelaria, concelho de Alter do Chão, cresceu numa aldeia do Alentejo, mas foi em Beja que se fixou e onde viveu a maior parte da sua vida.
A actividade agrícola e o quotidiano de então deixaram-lhe uma marca indelével na memória, que haveria de recuperar mais tarde, já reformado, a qual deixou bem expressa nas peças que produziu.
Vindimas – Adega de Vidigueira com produção entre 9/10 milhões de quilos de uva
Artesão, sócio da Associação Regional de Artesãos e Artistas de Beja, mostrava com entusiasmo as suas peças nas feiras e mostras de artesanato da região e do País.
Participou diversas vezes na FIA, Feira Internacional de Artesanato, com vários reconhecimentos de algumas das suas peças, na área do artesanato tradicional.
A reprodução fiel de peças em miniatura associadas à actividade agrícola, ao quotidiano, ou mesmo ao mobiliário, transportam-nos para a primeira metade do século passado.
Para muitos é o reconhecimento pela memória que guardam destes objetos, para outros é o contacto com uma realidade que não viveram e naturalmente de reconhecida importância do ponto de vista da preservação da herança cultural do Alentejo.
As alfaias, os utensílios agrícolas, o principal meio de transporte de pessoas e bens: a carroça, o mobiliário, os utensílios de cozinha e mesmo algumas profissões, são apresentadas com um rigor enorme, pouco comum quando se trata de artesanato tradicional.