No âmbito do “SUSTENTAR”, produzido e organizado pela plataforma Ci.CLO, Gonçalo C. Silva está a desenvolver um projecto fotográfico focado na adaptação às alterações climáticas e gestão da água na região do Alqueva. Com o apoio da EDIA e do Museu da Luz, os resultados deste trabalho serão apresentados numa exposição na próxima edição da Bienal Fotografia do Porto, de 15 de maio a 29 de junho de 2025.
“O meu projecto está focado nos trabalhos que estão a ser desenvolvidos para resolver problemas relacionados com as alterações climáticas e que visam, sobretudo, construir um futuro melhor para as pessoas e para a biodiversidade deste território.”, explica o artista Gonçalo C. Silva.
Em residência artística na Aldeia da Luz desde 26 de agosto e até 6 de setembro, Gonçalo C. Silva tem estado em estreito diálogo com especialistas da EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva. O artista propõe-se a “criar um olhar mais aprofundado sobre as questões sociais e ecológicas que afetam a região do Alqueva, reflectindo sobre o presente e o futuro do local”.
Para lá do Alqueva, o “SUSTENTAR” está também presente em Loulé, no Porto e em Vila Real, promovendo a colaboração e troca de conhecimento entre artistas e cientistas, agentes sociais e culturais, municípios e empresas, para criar novos imaginários que possam contribuir para a promoção do desenvolvimento regenerativo das cidades. Reconhecendo que é necessário mudar de rumo, “SUSTENTAR” procura narrativas orientadas pela força activa da imaginação e iniciativas empoderadoras que facilitem e definam outras formas de viver e interagir com o planeta.
Para além de proporcionar encontros com os especialistas envolvidos em cada iniciativa, o “SUSTENTAR” organiza workshops sobre culturas regenerativas e encontros individuais e colectivos entre os artistas e curadores para apoiar o desenvolvimento dos projectos.
“Existem sempre dois eixos que sustentam a Bienal e, no caso do “SUSTENTAR”: um diz respeito à parte processual das residências, onde colocamos o/a artista em diálogo com iniciativas que respondem a questões da sustentabilidade no meio urbano; e o outro é o programático, as exposições e actividades de mediação. Sendo que a fase em que agora nos encontramos, este trabalho de território e de comunidade, acaba por ser quase invisível aos olhos do público.” partilha Virgílio Ferreira, fundador e diretor da plataforma Ci.CLO.