“Subsídio de 300 euros causará desigualdades entre professores” – Sindicato dos Professores do Sul

A falta de professores nas escolas para o próximo ano lectivo 2024/25, levou o Governo a ponderar uma medida de incentivo para atrair docentes. O novo concurso de recrutamento de professores para as escolas e disciplinas com maior carência, será lançado e prevê a atribuição de um subsídio de até 300 euros para docentes deslocados da sua área de residência até 70 quilómetros.

O Ministro da Presidência, António Leitão Amaro, anunciou os projectos-lei na quinta-feira passada em conferência de imprensa e acredita que esta pode ser a solução de um “problema estrutural demorado e que exige tempo de colaboração entre o Governo, escolas, professores e sempre com o mesmo objectivo: que os alunos portugueses possam ter aulas”.

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O Sindicato Democrático dos Professores do Sul (SDPSUL), acredita que esta não é uma medida “favorável” e explicou porquê. “A atribuição de um subsídio restrito a determinadas áreas geográficas e a algumas escolas, apenas vai causar maior desigualdade entre os professores”. Josefa Lopes concordaria se “o subsídio fosse atribuído a todos os professores que realmente têm de se deslocar. Se não houver professores deslocados, uma grande parte das escolas deste país não terá professores. Também não concordamos que este subsídio seja atribuído a partir dos 70 quilómetros. Então e os que fazem 60? Nos dois sentidos dá 120 quilómetros o que é bastante pesado”, declarou. 

O concurso irá servir para responder às escolas que apresentam um número mais deficitário de docentes com o Alentejo e Algarve a fazer parte dessa lista, a par da região de Lisboa e Vale do Tejo. 

Contudo, a presidente do sindicato diz que ainda poderá haver alterações a este concurso, já que no dia 30 deste mês haverá uma reunião com o Ministério da Educação.     A pouco mais de 15 dias do início das aulas, a docente prevê um cenário de “confusão” nas escolas porque existem “cerca de 3000 horários por preencher e um concurso extraordinário para que haja professores vinculados em determinadas escolas onde há muita falta”. Nesta altura, “os professores deveriam estar todos colocados e não haver tantos horários por preencher”, analisou a presidente do Sindicato Democrático dos Professores do Sul.  

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