É no Centro Histórico de Serpa que irá ter lugar a 14ª Feira Histórica durante os dias 23, 24 e 25 de agosto. A autarquia dedica esta edição aos 50 anos do 25 de Abril, com apresentações e representações culturais do antes, do durante e do depois da data da Revolução.
Sob os temas “O Estado Novo; A emigração e o exílio; A guerra colonial; A repressão do regime”, o primeiro dia do encontro histórico é inaugurado hoje às 18h00 com um cortejo pelas ruas de Serpa que inicia no Largo dos Condes de Ficalho e termina na Praça da República, em que se fez saber que eclodiu na capital (Lisboa), o golpe militar de 28 de maio de 1926 pondo fim à 1ª República. As notícias chegam depressa a Serpa e dão conta do nome de António Oliveira Salazar como Ministro das Finanças e do início do regime do Estado Novo com a perda gradual das liberdades.
No sábado dia 24, “A Escola e o Catecismo; A oposição ao Estado Novo; A PIDE; A Censura; As conspirações contra o regime; O 25 de Abril de 1974”, são desenvolvidos a partir das 17h00 de hoje com documentário, cortejo, teatralizações e animação musical.
Para o último dia, domingo 24, a Câmara Municipal de Serpa destacou “O pós-25 de Abril; As movimentações populares; A libertação dos presos políticos; A memória de Catarina Eufémia; A Reforma Agrária; O movimento corporativo; A Aliança Povo/MFA”. Um novo cortejo às 18h00, dá o arranque para o desfecho da Feira Histórica de Serpa, com manifestações encenadas da democracia e da liberdade, a libertação dos presos políticos, um teatro em memória de Catarina Eufémia e por fim, às 22h00, o espectáculo “Reviver o Festival da Canção”, com produção do serpense João Duarte Costa. Terá a participação especial de António Calvário, Dora, Ricardo Raposo e Maria Curado Ribeiro. “Todos os dias temos necessidade de construir a nossa democracia e liberdade”, palavras da vereadora da Cultura, Odete Borralho, sobre o encontro histórico em Serpa a decorrer este fim de semana.