Despediu-se recentemente dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, onde participou na prova de 20 quilómetros marcha, terminando em 43º lugar. Uma semana depois de ter chegado a casa, Ana Cabecinha agradeceu o apoio demonstrado, mas não conseguiu esconder a indignação dos que criticam nas redes sociais, os atletas portugueses por “falta de cultura desportiva” ou mesmo “burrice”. Na sua página de Instagram, a atleta esclareceu que foi “a Paris por mérito próprio” e que ninguém lhe “ofereceu nada”, nem tão pouco “roubou” o lugar a quem quer que fosse. Garantiu que treinou “com muita dureza” enquanto esteve grávida e depois de passar por “uma cesariana e um parto duro” em que teve o filho internado três dias nos cuidados intensivos. “Recomecei” e “lutei todos os dias com muito sofrimento. Não abandonei o meu filho para competir, esteve sempre com os pais e os tios, é um bebé feliz e cheio de energia. Foi muito mimado por todos da comitiva Portuguesa e por toda a comunidade olímpica no geral”, afirmou.
Ana Cabecinha defende-se das críticas nas redes sociais: “Não nos podem apontar o dedo ou julgar quando levam 3 anos sem saber quem somos e nos dias dos Jogos Olímpicos é que se acham no direito de criticar, não sabendo o que passamos diariamente, o que deixamos para trás para darmos o nosso melhor pelo nosso país”.
Depois de dois anos a lutar para se qualificar e participar pela última vez nos Jogos Olímpicos podia ter desistido e não o fez. Diz sentir-se “eternamente grata ao “comité Olímpico Português por ter proporcionado este feito”. A atleta natural de Baleizão, participou nos JO de Paris 2024 aos 40 anos e três meses depois de ter sido mãe.