A greve dos enfermeiros no dia de hoje, 2 de agosto, vai ser sentida em todo o país com acções nacionais, regionais e institucionais. No Baixo Alentejo, a classe também se junta ao protesto. À porta do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, está marcada uma concentração para as 9h30, seguida de Conferência de Imprensa agendada para as 10h00.
As reivindicações são antigas e acompanham a anterior legislatura do Partido Socialista e a actual, liderada pelo Partido Social Democrata. “Passados mais de 100 dias de tomada de posse, e apesar da insistência do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (com envio de caderno reivindicativo, cartas e marcações de reuniões), o Governo não resolveu um único dos problemas mais prementes com que os enfermeiros estão confrontados”, ressalvou a Direcção do Alentejo do SEP em nota de imprensa.
Nas promessas por cumprir, está a entrega de uma proposta de tabela salarial que tem vindo a ser “adiada sucessivamente”. “O Governo propõe uma alteração à grelha salarial inaceitável”, no montante de 52 euros e só nas primeiras posições de cada categoria, em que “a maioria dos enfermeiros fica de fora”. Alarga ainda o prazo para janeiro de 2025. Sobre outros aspectos que são “urgentes” de alterar na carreira, como aposentação antecipada, compensação do trabalho por turnos e resolução de injustiças decorrentes de transição, nada foi dito.
A representante do sindicato da Delegação Regional dos Enfermeiros do Alentejo, Carolina Ribeiro, disse à Planície que as acções de luta “vão continuar até que haja resposta ao nosso descontentamento e exaustão”.
O sindicato do Alentejo volta às ruas nos dias 9 e 14 de agosto com concentração no Hospital de Évora e no Hospital de Portalegre, respectivamente.
Os direitos dos enfermeiros vão ser ouvidos desde Aveiro, Açores, Algarve, Beira Alta, Coimbra, Castelo Branco, Leiria, Minho, Porto, Santarém, Setúbal e Trás-os-Montes.
