A exposição “Não se ria. O humor é um assunto muito sério” – 100 anos de SAM, estará patente em Serpa, na Galeria Municipal de Arte Contemporânea (GMAC), de 1 de agosto a 1 de outubro. Preparada pelo Museu Bordalo Pinheiro com o contributo da família de Samuel Azavey Torres de Carvalho (1924-1993), conhecido como SAM, artista multifacetado que marcou a cultura portuguesa com seus cartoons, artes plásticas e esculturas, no ano em que se celebra o centenário do seu nascimento.
Nascido em Lisboa a 31 de janeiro de 1924, o humorista iniciou-se nas artes plásticas aos 44 anos. De entre o rol de personagens que celebrizou, destaca-se o Guarda Ricardo, que nasce em 1971 no Notícias da Amadora. Desde então, os cartoons de SAM passam a marcar presença habitual na imprensa nacional: Expresso, Diário de Notícias, A Capital, Público e Jornal Novo. E surgem outras personagens marcantes, como Heloísa ou Margueritte.
O humor e a sua sátira também encontram expressão nas Artes Plásticas, através da criação de objectos absurdos, tais como funis, cadeiras, torneiras ou enxadas que se transformam e ganham novos significados. Quem hoje passeia pelo Campo Grande, em Lisboa, não ficará indiferente à fonte-escultórica Infância. Muitos se lembrarão dos “FiImezinhos do SAM”, com Mário Viegas e Vítor Norte, que em 1989 fizeram rir os telespectadores da RTP em horário nobre. SAM deixou-nos a 21 de fevereiro de 1993, com um legado de cerca de seis mil cartoons, um milhar de objectos artísticos e dezenas de livros.
A exposição, de entrada gratuita, pode ser visitada na GMAC de terça-feira a sábado, das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30.
