A Direcção Regional do Alentejo do Partido Comunista Português (DRA), reuniu recentemente em Évora para analisar a situação social e política na região “e o desenvolvimento da luta dos trabalhadores e das populações”. Em comunicado de imprensa, abordou de igual forma as principais orientações de trabalho e intervenção das organizações do PCP no Alentejo para os próximos meses.
Na nota de imprensa, o PCP começou por dizer que tal como advertiram, “os três meses de governo AD (PSD e CDS) não trouxeram nada de novo para a região”, pautado por “desinvestimento e a ausência de resposta aos problemas essenciais”. “O resultado destes três meses está à vista: avolumam-se os problemas como a manutenção dos baixos salários, o protelamento da valorização de carreiras e profissões, a degradação dos serviços públicos (de que a situação no Serviço Nacional de Saúde e na escola pública são exemplos inquietantes), as dificuldades no acesso à habitação, ou ainda na mobilidade e transportes, a par com o adiamento de investimento público, fulcral para o desenvolvimento da região e do País”.
A DRA do PCP reafirma que o que faz falta ao País e à Região, “é uma política alternativa que coloque no centro das prioridades o trabalho e os trabalhadores, com a valorização dos salários e dos direitos; a defesa das funções sociais do Estado e dos serviços públicos; o controlo público dos sectores estratégicos da economia; a justiça fiscal pondo o grande capital a pagar; o adequado funcionamento da justiça, incluindo um firme combate à corrupção e a defesa da produção e da soberania nacionais”, fazendo alusão a um “caminho de Abril, nos seus valores e conquistas, as suas principais referências”.
De uma forma geral, o PCP diz valorizar “a luta” dos trabalhadores e das populações”, “a defesa dos serviços públicos, designadamente do SNS” e a “necessidade de uma inversão na política de gestão dos recursos hídricos no Alentejo”.
Num momento em que se iniciam os avisos para aplicação do Alentejo 2030, a DRA reafirma que o Programa Operacional para a região, “está contaminado pelas imposições e orientações da União Europeia e do Governo” e não se baseia na realidade que existe na região, nem nas necessidades para o desenvolvimento do Alentejo. Lembrou a intervenção nas acessibilidades e a inserção do Aeroporto de Beja “na rede portuária nacional e de aproveitamento de todas as suas valências”.
As atenções do Partido Comunista Português estão focadas na organização da Festa do Avante! Que se realiza nos dias 6, 7 e 8 de setembro na Atalaia, Amora – Seixal e na preparação do XXII Congresso do Partido, em Almada, convocado pelo Comité Central nos dias 13, 14 e 15 de dezembro.