No início deste mês, decorreu na Herdade da Contenda, Santo Aleixo da Restauração, a marcação de três novas crias de abutre preto, com uma idade média de 85 dias, que fazem parte da colónia reprodutora da espécie que existe no local. As aves de rapina necrófagas, têm vindo a ser monitorizados pela LPN-Liga para a Protecção da Natureza. A marcação de abutres-pretos, realizada no âmbito do projecto LIFE Aegypius Return, é uma operação complexa e requereu a presença de técnicos especializados, habilitados na subida aos ninhos, na marcação dos indivíduos e na recolha de amostras biológicas. Os abutres apresentavam uma boa condição corporal e um peso indicado para a idade.
Para além da anilhagem, foi ainda colocado um emissor GPS/GSM para monitorização de movimentos. Os resultados das análises, entretanto efectuadas indicam que as três crias são do sexo masculino.
E é aqui na Herdade da Contenda que existe “uma das colónias mais importantes do país”, reforçou Pedro Rocha, o administrador da propriedade, descansado por ver que as crias estavam “em boas condições físicas”, neste que tem sido “um ano muito bom para a espécie”, com cerca de 20 casais que habitam a herdade. “A Contenda tem condições essenciais de reprodução para o abutre-preto”, sublinhou.
Entretanto, a administração da propriedade, lançou recentemente um novo processo de escolha de nomes para os seis abutres-pretos que nasceram: três marcados em 2023 e três em 2024. Através do formulário será possível, a todos os interessados, a escolha dos nomes propostos, até ao dia 31 de julho de 2024. Cada participante deverá votar em dois nomes, um para macho e um para fêmea. Os nomes estão associados à toponímia local e à flora da Contenda. No final da votação, será contado o número de votos e escolhidos os nomes para quatro machos e duas fêmeas.
Para votar siga o link: https://www.herdadedacontenda.pt/votacao-online-dos…/
De recordar que a primeira reprodução confirmada de abutre-preto na Herdade da Contenda, foi de um casal em 2015 e desde então, a colónia tem vindo sempre a crescer e a ter condições de tranquilidade necessárias ao seu desenvolvimento. A herdade assegura a reconstrução de ninhos e comporta um campo de alimentação para que os abutres “continuem a ser um activo de biodiversidade e de turismo que continuamos a querer salvaguardar, tal como outras espécies presentes”, declarações à Planície de Pedro Rocha.