A EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas de Alqueva, lançou os concursos públicos para instalar quatro novas centrais fotovoltaicas flutuantes em Alqueva, o que resulta na colocação de 86 mil painéis, num investimento que pode chegar aos 43 milhões de euros financiados pelo Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa e por capitais da empresa.
Depois de ultrapassados os procedimentos legais, o presidente da EDIA está convicto de que “dentro de três meses é possível avançar” com as empreitadas, que terão um prazo de execução de “cerca de um ano”.
José Pedro Salema explicou que serão quatro empreitadas, divididas por três concursos, “para estimular a concorrência a apresentar as melhores propostas”, “um projecto que a EDIA persegue há muito tempo na produção de energia renovável, junto de locais de maior consumo que são as Estações Elevatórias do sistema e que agora tem todas as condições para avançar”. Apesar disso, foram vários os “reveses” que o investimento sofreu condicionado por “autorizações e dificuldade de financiamento”, recordou.
Os concursos lançados destinam-se a infraestruturas junto à Estação Elevatória dos Álamos no concelho de Portel, “a maior Estação Elevatória do sistema”, referiu, com um valor base de 22 milhões de euros. Outra junto à Estação Elevatória da Amoreira na margem esquerda do Guadiana, perto de Pedrogão, com um preço base de 12 milhões de euros e na albufeira de São Pedro, junto às Estações Elevatórias de São Matias e de São Pedro, com um valor máximo de 9 milhões de euros.
Os cálculos aproximados do número de painéis a instalar, perto de 86 mil, segundo Salema, “vai depender do que cada concorrente apresentar em termos de solução de engenharia. A opção de cada painel determina depois o número de painéis disponíveis. Contamos instalar entre 80 a 100 mil nestas quatro centrais fotovoltaicas todas flutuantes, o elemento distintivo destes concursos e destas centrais que é estarem sobre planos de água e não sobre a terra”, clarificou o Engenheiro Agrónomo.
O responsável explicou que na produção de energia, a EDIA produz “cerca de 10% da que consome” e com este investimento pode chegar “aos 55%”, considerando que é “um grande salto na produção face ao consumo”.
Estas quatro novas centrais fotovoltaicas, juntam-se às nove em construção, com cinco flutuantes e quatro terrestres e às oito que já estão em funcionamento, mas a ideia é avançar com pelo menos mais 10, quando houver “capacidade de financiamento”, sublinhou Salema.