Depois de várias manifestações e reivindicações, os professores e o Governo chegaram a acordo na recuperação do tempo de serviço, uma negociação feita com sete sindicatos, dos quais o Sindicato Democrático dos Professores do Sul (SDPSUL), mas que deixou de fora a Fenprof e o Stop.
Josefa Lopes, presidente do SDPSUL, afirmou em entrevista à Planície, que a organização que lidera foi a primeira a assinar o acordo, assim como a FNE – Federação Nacional dos Sindicatos de Educação. “Considero que é um bom acordo, porque está cumprido o grande objectivo que havia, que era a recuperação do tempo de serviço do congelamento para efeitos de progressão (de carreira). Isto é, os professores vão recuperar em setembro de 2024, 25% do tempo, num total de seis anos, seis meses e 23 dias”. Também em 2025 vão resgatar “mais 25% em julho”, assim como em 2026 e 2027. Ao fim de dois anos e 10 meses, a reposição estará concluída.
A presidente explicou que o sindicato que representa conseguiu “acautelar todos os inconvenientes que poderia haver e que de alguma forma tirassem dias de serviço aos docentes, pelo facto de não terem reunido os critérios de avaliação de desempenho ou ainda por terem de perder tempo à espera de vaga para os 5ºs e 7ºs escalões”. O compromisso firmado com o Governo, “assegura que ninguém vai perder absolutamente nada”. Josefa Lopes fala na vitória alcançada por ser “o que há muitos anos se pede e que finalmente foi conseguido”.
Não deixa, no entanto, de lamentar a situação dos professores que estão no 10º escalão e que “já não recuperar nada porque não têm mais nenhum escalão para progredir. Para estes professores não desistimos de continuar a pedir medidas que os compensem, designadamente com um valor mais alto de vencimento que esperemos que aconteça muito em breve”.
O Sindicato Democrático dos Professores do Sul considera que foi um bom acordo o que foi assinado com o Governo na recuperação de tempo de serviço.