O DECIR 2024 – Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais está em funções desde o dia 15 de maio e a sua apresentação realizou-se com uma cerimónia oficial que decorreu em Ourém, tendo sido presidida pela Ministra da Administração Interna, Margarida Blasco.
Helicóptero de combate a incêndios já se encontra no Centro de Meios Aéreos de Moura
Concretamente em relação à sub-região do Baixo Alentejo, José Ricardo Horta, o 2º comandante Sub Regional do Baixo Alentejo da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil, avançou o cenário que está preparado para o verão e que implicou uma preparação prévia, de alguns meses de antecedência e treinos operacionais nas várias modalidades. Contou com o envolvimento das “Equipas de Posto de Comando, treinos operacionais com máquinas de rasto, equipas de reconhecimento e avaliação vocacionadas para os incêndios rurais”.
O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais para a sub-região do Baixo Alentejo, não sofreu grandes alterações comparativamente a 2023, explicou o comandante.
Apesar disso, “foi preparado de forma a poder dar uma melhor resposta às necessidades que possam surgir, tanto a nível interno, como ao reforço de ocorrências externas à sub-região do Baixo Alentejo”.
A nível interno, explicou que este dispositivo é constituído por várias entidades, entre elas, “13 Corpos de Bombeiros Voluntários da sub-região do Baixo Alentejo, Força Especial de Protecção Civil, Unidade Especial de Protecção Civil, GNR, PSP, Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e Serviços Municipais de Protecção Civil”.
José Ricardo Horta, adiantou ainda que a fase inicial de Combate a Incêndios Rurais chamada de Nível Bravo que vai de 15 a 31 de maio, “conta ainda com 40 equipas e cerca de 282 operacionais apoiados por 76 veículos”. Por outro lado, a fase mais crítica de incêndios começa no mês de julho e prologa-se até ao final do mês de setembro. Nestes meses, o dispositivo conhecido por Nível Delta, “será reforçado com 58 equipas, 321 operacionais, apoiados por 88 veículos”.
Relativamente aos meios aéreos disponíveis na sub-região do Baixo Alentejo, o comandante afirmou que para ataque inicial de incêndios, estão disponíveis “um helicóptero bombardeiro ligeiro sediado no Centro de Meios Aéreos de Moura”, com mais um segundo meio aéreo previsto da mesma tipologia e que entrará em funções “no dia 01 de junho no Centro de Meios Aéreos de Ourique”. Os meios operacionais aéreos ficam completos com “uma parelha de aviões bombardeiros médios anfíbios sediados no Centro de Meios Aéreos de Beja na Base Aérea Nº 11 que também podem dar resposta fora da sub-região do Baixo Alentejo, vocacionados para o ataque ampliado aos incêndios rurais”, sublinhou.
O 2º comandante 2º comandante Sub Regional do Baixo Alentejo da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil aproveitou a oportunidade para deixar alguns conselhos fundamentais para se evitarem incêndios rurais. Desde logo, “a atenção ao uso de fogareiros e grelhadores” e em trabalho rural, “os trabalhadores devem ter atenção às horas de maior calor e redobrar os cuidados com o uso da maquinaria. Em caso de detectarem algum foco de incêndio, devem ligar imediatamente para o 112. Todos juntos somos Protecção Civil”.