O presidente do Município de Serpa, João Efigénio Palma e o herdeiro do artista Francisco Relógio, Luís Relógio, assinaram no dia 07 de maio, o protocolo para a divulgação da obra e Casa Francisco Relógio. O acto ocorreu na Casa Francisco Relógio, em Vila Verde de Ficalho e marca um encontro de vontades para tornar visitável ao público o espaço. Francisco Relógio (1926 – 1997), natural de Vila Verde de Ficalho, é um artista cujo percurso e a obra marcam uma trajectória de invulgar singularidade no panorama artístico português do século XX.
A sua actividade alargou-se a um extenso conjunto de linguagens: a cenografia, a azulejaria (com impactantes intervenções em importantes obras de arquitetura), o desenho e a cerâmica.
Manifestou ao longo da sua vida um grande interesse pelas diversas manifestações da cultura popular e dedicou grande parte do seu tempo a alimentar relações de amizade com vários outros artistas, da sua geração ou mais novos. Prova disso mesmo é o regresso de Relógio a Ficalho, onde fundou uma importante comunidade artística que ainda hoje tem expressão.
A casa onde morou Relógio é um reflexo de toda a criatividade e vivências do artista, é um local onde encontramos e conhecemos o seu pensamento refletido por todos os pormenores que esconde este seu refúgio e que o Município de Serpa, em colaboração com a família do artista, quer dar a conhecer a todos.
“Este protocolo marca o início de um trabalho exigente e fundamental para dar a conhecer e estudar a obra deste grande artista, natural do concelho de Serpa”, de acordo com informações partilhadas pela autarquia de Serpa.
