Na visita a Bruxelas, a Planície entrevistou Carlos Zorrinho, o eurodeputado que representa o Alentejo, pelo partido Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas.
Houve oportunidade de falar sobre o papel da imprensa regional nos últimos anos e dos meios e dos jornalistas estarem “bem informados, para poderem transmitir uma melhor informação” em especial, para o acontecimento que irá ter lugar muito em breve, as Eleições Europeias, que se realizam de 06 a 09 de junho, onde vão ser eleitos 720 eurodeputados dos 27 países da União Europeia. De Portugal, já são conhecidos alguns candidatos.
Como parte essencial da informação, Zorrinho afirmou que se tem debatido “para a importância de manter forte a imprensa regional, em particular numa região como o Alentejo, com um grau de desertificação, com pouca densidade geográfica e muitas vezes a imprensa regional, quer através da rádio, dos sites e dos jornais ainda publicados em papel, são o contacto que as pessoas têm com o dia-a-dia” do que se vive por cá. Como tal, na opinião do Professor Catedrático, “o que acontece no plano local, tem uma relação com o plano europeu e isso também ajuda a motivar as pessoas e, no momento em que têm de fazer escolhas, não deixarem de usar o seu direito ao voto”, observou.
Para já, achou prematuro fazer considerações sobre o seu futuro no Parlamento Europeu, mas receia que haja “uma abstenção alta”, apesar de desejar que “fosse o mais baixa possível”.
No diálogo com a Planície, momento que aconteceu durante a visita ao Parlamento Europeu, em Bruxelas, Carlos Zorrinho mostrou-se confiante com o decurso da PAC – Política Agrícola Comum para a região, “com um maior compromisso com as questões da água e com a sustentabilidade. “O Baixo Alentejo, como Portugal, tem muito a poder beneficiar de uma Política Agrícola Comum, que é uma base de sustentabilidade alimentar da União Europeia. Sustentável, a forma e a qualidade como os produtos são produzidos e a integração digna dos imigrantes que precisamos para trabalhar, mas também as questões de segurança alimentar, são muito importante para as regiões e para os países”, firmou Zorrinho.
Já no plano da Coesão Territorial, disse ser preciso “continuar a trabalhar, aplicar bem o programa de Coesão e o PRR até 2027, que se vai aplicar até 2030 e definir o impacto que a criação de uma nova NUT (Setúbal) pode ter nos programas de coesão. A informação e participação são fundamentais. Somos nós que fazemos a Europa e não é a Europa que nos faz a nós”, declarações do eurodeputado aquando da nossa visita a Bruxelas.