Depois de ser disponibilizada pelo Governo a verba de quase 15 milhões de euros para o avanço da obra do Bloco de Rega de Moura, com a instalação da rede de rega de uma área com cerca de 1.200 ha, projecto inserido no Programa Nacional de Regadios, quais são os procedimentos que devem ser seguidos até à concretização da empreitada?
O presidente da EDIA, José Pedro Salema, explicou à Planície o que se segue. “O projecto está concluído, vamos preparar o concurso público para lançar no 2º trimestre e contamos sempre com cerca de seis meses para poder consignar a obra no final deste ano”.
O calendário está definido pela empresa gestora de Alqueva, “com um prazo de cerca de 13 meses, em linha com as restantes (obras) para ficarem todas concluídas no final de 2025 e a funcionar na campanha de rega de 2026”, assegurou Salema.
Com este investimento, o futuro da agricultura no concelho de Moura muda drasticamente. “A passagem do sequeiro para o regadio é muito exigente, mas também muito potenciadora de geração de riqueza. Vai acontecer aquilo que aconteceu nos outros blocos (de rega), ou seja, a reconversão, o investimento da rede terciária, a instalação de novas culturas, novos sistemas de rega que vão gerar riqueza, com a produção de mais alimentos e mais e melhor bem-estar para a região. É com esse objectivo que trabalhamos todos os dias”, garantiu o gestor agrícola.
Na continuidade do Bloco de Moura/Póvoa/Amareleja, infraestrutura essencial para os agricultores do concelho de Moura, José Pedro Salema diz entender “os desejos e anseios” deste sector, já que todos “querem entrar no “Clube Alqueva” e fazer parte deste benefício. Mas não conseguimos chegar nesta fase, à área de Póvoa/Amareleja porque temos que rever o projecto de execução para conseguir trabalhar as quotas de Alqueva que podem ter variações maiores”, destacou.
Com a revisão do projecto em questão, José Pedro Salema espera que a tutela “encontre as condições para que até 2027, esse bloco possa estar em funcionamento”, frisou o presidente da EDIA ao mesmo tempo que assegura que a empresa de Alqueva “está completamente dependente (das decisões) do Ministério da Agricultura e Alimentação”.