O alegado “sentimento de insegurança” da parte da comunidade com cerca de 2000 habitantes, acompanhado “de vários episódios de delinquência, atentado contra a propriedade privada, intrusões em habitações e tentativas de furtos de veículos”, segundo contou à Planície o presidente da Câmara de Mourão, João Fortes, levou a autarquia a tomar medidas preventivas.
O edil considerou que a preparação da instalação de 08 a 10 câmaras de videovigilância na vila, “não será suficiente, mas irá minimizar, será dissuasor e garantirá à GNR capacidade de actuação em outras zonas que não as que são consideradas críticas”, observou João Fortes. “Não se trata de criminalidade violenta”, “isto já era algo que acontecia em Mourão, mas tem vindo a aumentar” sublinhou o responsável e espera que esta decisão “seja o primeiro passo para aumentar a percepção global de segurança que parece agora não existir”.
A implementação do sistema de videovigilância que será instalado dentro de seis meses a um ano, em articulação entre o Ministério da Administração Interna, a Guarda Nacional Republicana local e a devida autorização da Comissão Nacional de Protecção de Dados, requereu um “elevado encargo para o Município, com um investimento entre 80 a 100 mil euros” da parte da Câmara de Mourão, frisou João Fortes.
A onda de assaltos indicia que os actos ao que tudo indica, são praticados “por um grupo de menores e parece que a GNR já os tem identificados, mas ainda não os apanhou em flagrante delito”, contou. “A nossa justiça demora, cabe a um panorama que não é o meu, por isso terei de confiar nas instituições”, destacou o autarca.
Apesar do sentimento generalizado de insegurança, as queixas não chegam todas à GNR. Por isso, o presidente da Câmara apelou à comunidade que “não tenha receio de represálias, nem de fazer valer os seus direitos num Estado de direito, principalmente no ano em que se comemora os 50 anos do 25 de Abril. Exerçam as queixas quando elas ocorrem”, clarificou João Fortes.