Alberto Ramos, de 59 anos, a vítima mortal do atropelamento ocorrido ontem de manhã em Moura, deixou a comunidade mourense em choque. As homenagens sucedem-se ao SUPER, como era conhecido entre tantos e tantos amigos. O fundador do Grupo 28 Escoteiros de Moura, mereceu palavras sentidas do grupo, como “uma das referências (se não a maior), do Escotismo em Moura, na região e que marcou uma era…”, “deixando para sempre a sua marca em várias gerações de jovens e na nossa comunidade”. “Obrigado e Boa Caça”.
O sentimento de consternação foi demonstrado pelo presidente da Câmara Municipal de Moura, Álvaro Azedo, com uma mensagem de pesar à vítima, funcionário da autarquia. “A tragédia vivida hoje (ontem), trespassa-nos a alma. A todos. Aos que a vivenciaram, aos que a presenciaram, e aos que agora lidam com a perda. É uma dor que nos atinge a todos sem excepção. Do SUPER carrego comigo momentos que marcam uma vida. Os anos de convívio e cumplicidade no n.º 28 da AEP, e os dias partilhados na Câmara Municipal. Numa como noutra circunstância, havia paixão, dedicação, compromisso, exemplo”. Entre palavras sentidas, termina com um agradecimento. “Da parte que me toca, obrigado por tudo, pelo privilégio da partilha. Agradecer será sempre pouco, pelo tanto que vivemos na tua presença. Boa Caça!”.
A União de Freguesias de Moura e Santo Amador (UFMSA), expressou igualmente a desolação pela perda do mourense. “Hoje (ontem) partiste sem te despedires. Que dizer? De alguém que sempre se dedicou aos outros sem esperar recompensa! Que dirão tantos jovens que aprenderam contigo a ser Super’s? Que dirão os companheiros e amigos que nunca deixaste para trás? Hoje Moura ficou mais pobre e triste porque perdeu um dos seus melhores. Perdeu um SUPER. Vamos lembrar a tua força, a tua energia e a tua incondicional disponibilidade para ajudar os que de ti precisavam. Foste exemplar em tudo na vida. Continuaremos a admirar-te. Descansa em paz. Alberto, foste um SUPER”.
Com um papel de relevo em diferentes áreas da comunidade mourense, Alberto Ramos foi colaborador da Planície e a dada altura, deu voz às conhecidas crónicas do Manel Loendrêro, de Luís Santa Maria. As exéquias fúnebres de Alberto Ramos acontecem, amanhã, dia 6 de março, às 14 horas, em Moura.