Moura – Novo lagar da Cooperativa “fará sentido se avançar o Bloco de Rega”

O contrato de urbanização que visa o alargamento do lagar da Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos (CAMB), foi assinado no passado dia 22 de fevereiro entre a Câmara Municipal de Moura e a associação. No entanto, o presidente da CAMB, José Duarte, deixou claro em conversa com a Planície, que a ampliação do lagar “fará sentido mediante alguns pressupostos, nomeadamente com a construção do Bloco de Rega de Moura e de Póvoa/Amareleja”, porque com este benefício no regadio do concelho de Moura, haverá “um aumento de produção de azeitona e no qual teremos de adaptar as nossas instalações”.

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José Duarte frisou que o investimento de transformar as actuais instalações da Cooperativa de Moura no sentido de “aumentar a capacidade de recepção de azeitona, de moenda e de armazenamento, é tão caro como fazermos um lagar novo”. “Daí, termos apresentado há dois anos um Plano Estratégico aos nossos associados, onde contemplava a construção de um novo lagar, sempre com este pressuposto”.
Não só o Bloco de Rega, como “a Rede Natura 2000 e a preservação do olival tradicional”, são condições “imprescindíveis” para um novo lagar. “Grande parte da área de olival que está em Rede Natura 2000 não pode ser modernizada, mas temos de ter uma garantia de que há um olhar diferente sobre o olival tradicional e que se criem medidas de compensação para este tipo de olival com produções muito baixas”, sublinhou.

O empresário agrícola salientou que as instalações onde funciona actualmente a Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos, “correspondem às necessidades dos associados”, fruto de um investimento realizado há dois anos. Na altura essa imposição foi indispensável por se ter verificado a maior campanha de azeitona da Cooperativa, onde existiram “alguns constrangimentos principalmente na parte da moenda da azeitona”, tendo sido necessária a aquisição de mais uma linha de moenda para dar resposta com capacidade para “um milhão e 700 mil quilos por dia, superior às entradas diárias que tivemos naquele ano record”, explicou. “No entanto, não iremos ter essa capacidade a partir do momento em que tivermos os Blocos de Rega”, concluiu José Duarte.

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