Exportações de azeite ultrapassaram a barreira dos mil milhões de euros

Segundo alguns dados, as exportações nacionais de azeite ultrapassaram, pela primeira vez, a barreira dos mil milhões de euros. Em Portugal, os preços de venda ao público aumentaram muito no último ano, tendo inclusive baixado o consumo do mesmo.

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Recordamos que a campanha 2023/2024 da Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos (CAMB), terminou com a recepção de 47 milhões de quilos de azeitona, um aumento sobre a quantidade inicialmente estimada pelo presidente José Duarte com uma variação entre os 35 e os 40 milhões de quilos de azeitona. No entanto, este crescimento não se traduz em maior porção de azeite, pelo contrário. A quantidade de azeite que vai ser extraído por quilo de azeitona, é muito baixa, mas vai ao encontro das melhores previsões da cooperativa. O presidente referiu ainda o facto de haver mais quilos de azeitona, não vai dar na proporção mais quilos de azeite devido a um rendimento mais baixo.

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Num ano particularmente difícil como o de 2023 no que diz respeito à produção de azeitona, o resultado foi a escassez de produto, particularmente no Azeite Moura DOP (Denominação de Origem Protegida) para comercialização. Uma situação que aconteceu “pela primeira vez desde que me lembre”, observou José Duarte.
Importa agora explicar o que sucedeu com a falta de produto para comercialização e que levou a um esclarecimento por parte do Conselho de Administração da empresa. “A cooperativa, sendo uma organização de produtos, só pode vender azeite proveniente das produções dos seus associados. Nós não compramos azeite, nem azeitona a terceiros. Viemos de uma campanha de contrassafra de apenas 27 milhões de quilos azeitona e de 4 milhões e 300 mil quilos de azeite, que não dava para satisfazer as vendas do nosso embalado. Apesar de termos usado algum azeite que tínhamos em stock para embalado, a nossa produção de azeite de qualidade foi toda direccionada para embalado e chegámos a setembro e ficámos sem azeite”. A prioridade de entrega foi com os parceiros com quem a CAMB tem contratos e “que muitos deles acabaram por levantar mais azeite em alguns períodos do ano do que seria normal”, sublinhou.

A situação será resolvida em breve, já que a empresa está a preparar a entrada do produto em mercado e crê que é possível “já neste mês de fevereiro, ter azeite disponível em prateleira e para abastecer o mercado durante todo o ano de uma forma normal”, afirmou o presidente da Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos, José Duarte.

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