Iniciou no dia 01 de fevereiro a Operação Floresta Segura, que irá decorrer até 30 de novembro deste ano, com o objectivo de executar acções de sensibilização e monitorização, acções de fiscalização, de vigilância e detecção de incêndios rurais (IR), investigação de causas e os crimes de incêndio florestal e validação das áreas ardidas. A campanha quer prevenir, detectar, combater e reprimir actividades ilícitas, garantindo a segurança das populações, dos seus bens e a preservação do património florestal.
Operação “Floresta Segura” da GNR – Acção regista 4300 crimes de incêndio
As iniciativas vão no sentido da prevenção e sensibilização, em coordenação e articulação com outras entidades, nomeadamente a Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF), Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC), direccionada aos concelhos em risco.
A floresta do continente é dominada por espécies autóctones, salientando-se os montados de sobreiros e azinheiras (cerca de 36% do total) e os pinheiros (cerca de 30%). Os eucaliptais ocupam 26% da superfície florestal e a restante área é distribuída por espécies de menor expressão, incluindo castanheiros, alfarrobeira, acácias, medronheiro, choupos, espécies ribeirinhas e outras resinosas. Neste âmbito, destaca-se a responsabilidade da Guarda Nacional Republicana.
Em 2023, foram monitorizados e fiscalizados pela GNR, 14 319 locais, com ausência de gestão de combustível, que deram origem a 7 901 cumprimentos voluntários quanto à limpeza de terrenos, que tinham sido previamente sinalizados. Neste contexto, desde o ano de 2013 até 2023, verificou-se uma evolução positiva na redução, não só do número de ignições, mas também da própria área ardida, registando-se menos 46% de incêndios rurais e menos 72% de área ardida, relativamente à média anual do período, tendo 2023 apresentado o valor mais reduzido em número de incêndios rurais e o 3.º valor mais reduzido no que à área ardida diz respeito, desde 2013.
Relativamente às causas dos mesmos, continua a carecer particular atenção, o uso do fogo pelas comunidades mais rurais, na realização de queimas e queimadas, o qual continua a ser realizado através de percepções perante o risco de incêndio florestal muito assentes no costume e em crenças desactualizadas relativamente ao clima actual, representando cerca de 32% das situações.
Para 2024, constitui uma prioridade reduzir o número de ignições, através de acções de sensibilização e demonstração do uso correcto do fogo.