Agricultores do Alentejo – “As nossas associações viraram-nos as costas”

Com “luz verde” para um encontro presencial com a Ministra da Agricultura esta quinta-feira, dia 08, pelas 18h00, na Câmara Municipal de Moura, o Movimento Civil de Agricultores de Portugal da região do Baixo Alentejo espera ver repostos “de imediato” os apoios de 35% à produção biológica, os 25% da produção integrada e as medidas para minimizar os efeitos da seca, segundo adiantou à Planície o porta-voz António Veríssimo.

No “rescaldo” destes dias intensos de manifestação junto à Estrada Nacional 260 (EN260), perto de Vila Verde de Ficalho, em Serpa, o líder dos agricultores da região sentiu que o protesto foi uma forma da classe se fazer ouvir, já que “as nossas associações viraram-nos completamente as costas. A única associação de agricultores e produtores que esteve do nosso lado foi a ACOS e Rui Garrido, mesmo sem apoiar e até sem acreditar que o Movimento iria para a frente e eu tenho de tirar o chapéu (a esse apoio). Embora tenham aparecido da Cooperativa de Moura e Barrancos, de Beja e Brinches e de mais movimentos que se começaram a juntar, que pouco a pouco foram acreditando na nossa luta”, afirmou António Veríssimo e acrescentou: “Se a maior associação de agricultores, a CAP – Confederação dos Agricultores de Portugal não nos apoiou, nós tínhamos de fazer alguma coisa e foi esse “grito de revolta” que despertou o país e a sociedade civil que teve uma postura brutal para connosco, de compreensão pela nossa luta”, destacou.

Os próximos dias vão ser decisivos para chegar “a bom porto” nas negociações entre o Governo e os agricultores.

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