O investimento da autarquia de Ferreira do Alentejo na colocação de um sistema de filtragem na Fábrica de Bagaço de azeitona na freguesia de Fortes, em que alterou as emissões poluentes na chaminé, resultou na redução da pluma e das emissões, mas está longe de terminar com o pesadelo de quem vive a pouco mais de 100 metros da unidade. A fábrica dedica-se à transformação de bagaço de azeitona originário da produção de azeite.
Fátima Mourão da Associação Ambiental Amigos das Fortes, afirmou à Planície que houve de facto essa redução das emissões de gases poluentes, o que a deixa “satisfeita”, mas a medida “não foi suficiente, porque continua a haver da parte de fora da fábrica montanhas de bagaço que pensávamos que já tinha acabado e que seria acondicionado nos armazéns construídos em 2019”. Se por um lado houve essa diminuição, por outro, “o barulho aumentou muito e para as pessoas que moram em frente a 110 metros de distância, é muito mau. Os camiões de bagaço constantemente a entrar e a sair, o barulho ensurdecedor à noite e as montanhas de bagaço a ceu aberto estão lá”.
A ambientalista sublinhou que a associação não foi ouvida e diz “ter feito queixa a várias entidades” da região, mas não “obteve qualquer resposta”.
A Planície tentou chegar à fala com a Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo, mas sem sucesso.