Associações do Alentejo estão ao lado dos agricultores

A ACOS – Associação de Agricultores do Sul liderada por Rui Garrido, mostrou a sua solidariedade com os agricultores que estão junto à Estrada Nacional 260 (EN260), perto de Vila Verde de Ficalho, concelho de Serpa no sentido de apoiar o “descontentamento” do sector, apesar de não concordar com “algumas estratégias” que têm estado a ser seguidas pelo Movimento Civil de Agricultores de Portugal.

A Olivum – Associação de Olivicultores e Lagares de Portugal também não deixou de expressar “a sua total solidariedade para com os agricultores e empresários envolvidos no Movimento Civil de Agricultores” e “reconhece as preocupações levantadas pelos manifestantes, destacando os desafios enfrentados pelo sector agrícola”.
A associação diz que partilha das mesmas “preocupações”, que “reflectem as prioridades da Olivum, incluindo a garantia de preços justos à produção, a adequada transição energética aplicada ao sector agrícola, a concorrência do agronegócio internacional e a necessidade de apoios adequados”.

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Postura semelhante tem também o NERBE/AEBAL – Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral e já manifestou “total solidariedade e apoio para com os empresários agrícolas, nomeadamente o “Movimento Civil Agricultores de Portugal”, que se encontra em manifestação ao longo de todo o país, desde quinta-feira, dia 01 de fevereiro, a semelhança que do que tem acontecido na europa”.

O presidente da associação, David Simão, mostrou a sua posição nas reivindicações que ainda persistem de “condições justas e valorização do sector. “As medidas anunciadas pelo Governo nomeadamente, uma linha de crédito de apoio à tesouraria, baixa do ISP do gasóleo agrícola, reforço do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC) nos apoios à produção, de modo a assegurar as candidaturas aos ecorregimes agricultura biológica e produção integrada, é escasso face às dificuldades que o sector tem vindo atravessar nos últimos tempos”. Consideram que o novo Governo, pode ser “a esperança” “para as negociações entre as várias entidades e que sejam apresentadas medidas de dinamização do sector. Um sector agrícola pujante é sinonimo de uma forte economia”, destacou David Simão.

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Do lado dos agricultores está igualmente a Zero – Associação Ambientalista, com o apoio aos agricultores de Portugal e de Bruxelas. Afirmam que “a política agrícola Europeia tem fomentado o desaparecimento de agricultores, dificultado a obtenção de rendimento em pequenas áreas e deixado a agricultura à mercê de outros actores a jusante das cadeias de produção”. São da opinião que a distribuição dos apoios é “profundamente assimétrica, beneficiando sobretudo a grande propriedade e o agronegócio” e como resultado, “cerca de 80% dos apoios ao rendimento dos agricultores concentraram-se em apenas 20% dos beneficiários durante a vigência do quadro anterior da Política Agrícola Comum (PAC)”.
Posição contrária e já assumida é a da CAP – Confederação dos Agricultores de Portugal, que já fez saber que “não participa em protestos espontâneos e valoriza a via negocial” do Governo de pagar aos Agricultores “a totalidade das verbas devidas respeitantes às medidas agroambientais a que estes se candidataram no âmbito do Plano Estratégico da PAC, no valor global de 65 milhões de euros”.

Apesar disso, a CAP “entende a revolta dos agricultores e compreende que possam ter lugar protestos espontâneos, mas toma a posição de não organizar nem participar em acções que condicionem o normal e regular funcionamento do Mercado Único e impeçam a livre circulação de bens agrícolas”.

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