A subida da água na albufeira de Alqueva nas últimas semanas, descansou os agricultores da região, mas não totalmente. O presidente da FAABA – Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo, Rui Garrido, reconheceu “os grandes investimentos que têm sido feitos no regadio” nesta área, mas voltou a alertar para que essa gestão seja feita “com cuidado”.
“A água em Alqueva não é eterna, não dá para tudo e não chega para a agricultura. São à volta de 590 milhões de metros cúbicos e este ano julgo que teremos ultrapassado ou praticamente ficámos ao nível dessa cota”. “Naturalmente, com o aumento de área previsto para o Alqueva, cerca de 30 mil hectares que ainda estão por fazer, mais a água que dá a outras barragens dos perímetros confinantes e a que há-de ir para a bacia do Sado. Portanto, a cota para a agricultura não vai chegar”, frisou o empresário agrícola em entrevista à Planície.
O engenheiro afirmou que deve ser levado em linha de conta os estudos feitos para outras barragens “para armazenamento de água dentro da bacia hidrográfica (de Alqueva) e para aumentar os paredões existentes” com o mesmo propósito, o de acumular água.
O aviso da parte da FAABA para o controle da água, foi dito em reunião com a administração da EDIA e a quem gere o país.