As últimas chuvas que passaram pela região, resultaram num aumento da cota da albufeira de Alqueva em 148.60, o que representou numa semana uma subida de 1,87 metros de água. É um motivo de satisfação para o presidente da EDIA, José Pedro Salema, mas “não é uma surpresa, nem uma salvação, porque não estávamos em situação de perigo ou ruptura, muito longe disso. Estávamos numa situação de tranquilidade, mas é muito melhor quando temos a albufeira cheia para todos os dependentes do sistema, agricultores em 1º lugar, mas também dos sistemas de abastecimento público dos perímetros confinantes que estão dependentes da água de Alqueva”.
Os números permitem enfrentar “este verão e os próximos com mais tranquilidade”, afirmou.
O Engenheiro Agrónomo avançou que o ano hidrológico “começou a 01 de outubro (2023) e tivemos já algumas afluências importantes, com um mês muito chuvoso, claramente acima da média. Nessa altura, a albufeira já tinha recuperado um pouco e agora com as três tempestades seguidas tivemos precipitações importantes. Como estamos numa altura fria e os solos já retêm maior humidade, os escoamentos são maiores”.
José Pedro Salema prevê que a subida registada, “vá continuar nos próximos dias a um ritmo menor”, em parte também porque houve duas descargas em dois importantes afluentes do Guadiana.
A notícia positiva da subida dos níveis da água, originou algumas mensagens de satisfação no telemóvel de José Pedro Salema, mensagens não directamente ligadas a alguma associação agrícola da região, facto a que não dá importância. “Não é preciso. Todos acompanhamos os números e como disse, é uma situação de maior tranquilidade. A finalidade é aumentar a nossa confiança em três anos de garantia, que é o que Alqueva está projectado para ser capaz de resistir”, sublinhou Salema em conversa com a Planície.