O presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Beja, concorda com a medida imposta pela Liga dos Bombeiros Portugueses, sobre a aplicação de uma taxa por retenção de macas nos hospitais, devido à espera de várias horas das ambulâncias. O valor estipulado é de 50 euros nas duas primeiras horas, 100 euros pelo segundo bloco de mais duas horas e 150 euros pelo terceiro bloco de mais duas horas. Os hospitais terão de pagar o valor de 300 euros se a maca ficar retida cerca de seis horas.
Domingos Fabela sabe que os bombeiros têm dificuldade “em dar reposta devido às muitas solicitações nas urgências”, mas o problema maior na sua opinião e aquele que “mais o preocupa” e que se passa neste caso na Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), “é a impossibilidade de podermos socorrer outras pessoas que necessitem. Porque se temos uma ambulância que não está operacional, não podemos socorrer”.
A imposição do valor por parte da liga, “é uma forma de pressionar as unidades hospitalares para poderem resolver o problema. A situação na ULSBA é de muitas horas de espera e de retenção de macas e infelizmente não está resolvida”, declarou o responsável. A espera pode situar-se entre “uma hora, três, quatro…depende da própria triagem e do atendimento”, ressalvou.
Domingos Fabela assegurou ainda que as macas “fazem parte do equipamento das ambulâncias de emergência (de cor vermelha) e são propriedade dos bombeiros, tanto as ambulâncias, como todo o equipamento, com excepção das do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM)”.
A aplicação de uma verba às macas dos bombeiros retidas nos hospitais foi conhecida agora, mas há cerca de seis meses que a Liga dos Bombeiros Portugueses falou com o Ministério da Saúde sobre o assunto.