Há muito que José Manuel Campos, autor da produção “o Mochileiro”, que retrata a vida de um contrabandista de Santo Aleixo da Restauração e vencedor do prémio de curtas-metragens da autarquia de Moura, tem vontade de concretizar um novo projecto. Desta vez, uma “média metragem de 25 a 30 minutos, uma coisa para ser feita num outro sentido”, sobre a história do “Capitão Martim Carrasco”, um livro inspirado na Guerra da Restauração e escrito pelo santo aleixense Francisco Almeida. “Tenho a confiança que conseguiria fazer uma coisa bonita, não profissional como Hollywood, mas para isso precisamos de apoio”, afirmou o autor que já reuniu com a Câmara de Moura. “A situação ainda está em aberto, mas tem de reunir vontades. Tenho esperança que vá para a frente”.
Para quem não sabe, Martim Carrasco cresceu numa aldeia raiana do Alentejo, Santo Aleixo da Restauração, “vivenciando os mais vincados valores da honra e vergonha subjacentes à cultura mediterrânica”, lê-se no resumo do livro.
Foi nomeado capitão por força do conflito desencadeado pela aclamação do rei Dom João IV e viu-se obrigado a comandar as gentes da sua aldeia na duradoura e imprevisível guerra da restauração da independência portuguesa. “Impôs-se com distinta bravura perante as investidas castelhanas, liderando com sucesso um grupo de gente do campo, humildes e mal-armados, que por duas vezes obrigaram a recuar os poderosos exércitos castelhanos”.
Um projecto mais ambicioso da parte de José Manuel Campos, que se revê “nas gentes de Santo Aleixo da Restauração” desde há 42 anos, altura em que conheceu a freguesia do concelho de Moura.