O deputado do Partido Socialista eleito por Beja, não tem dúvidas de que 2023 ficou marcado por vários factores importantes para o Baixo Alentejo, desde logo, com “a contínua reposição de rendimentos e o aumento do crescimento económico na valorização dos salários, do trabalho e das pessoas. Estas foram as grandes marcas deste ano” para Pedro do Carmo.
O desbloqueio de “algumas infraestruturas muito significativas”, conseguidas através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), nomeadamente “na área da saúde com investimentos quer em Moura, quer no hospital distrital de Beja, entre outros”, também foram factores muito importantes. Na agricultura, destacou “o regadio de Alqueva, não ainda na plenitude do que desejamos e precisamos na região, mas foi uma marca efectiva de 2023”.
“Naturalmente, que em 2024 há muito a fazer”, reforçou o deputado, com objectivos que passam pela continuidade “da reposição dos rendimentos que só é possível com o Partido Socialista, assim como nas políticas de combate aos mais desfavorecidos e à dificuldade quotidiana de todos nós com a questão da crise inflacionária do aumento dos juros”.
Acima de tudo, os investimentos que estão programados para o território “têm de ser consolidados nas áreas das infraestruturas, ferrovia e o regadio de Alqueva que falta complementar em Moura”.
No balanço da actividade deste ano no distrito, também o deputado do Partido Comunista Português (PCP), João Dias, assinalou a luta “por melhores condições de vida, tendo em consideração o aumento do custo de vida a que as pessoas estão confrontadas. O distrito de Beja e o Alentejo como um todo, é das regiões do país mais empobrecidas, com uma desigualdade territorial, social e económica muito significativa e 2023, não contribuiu para reduzir estas desigualdades”.
João Dias recordou que a actuação do PCP ficou marcada por “estar sempre ao lado das populações”, mas também “junto das micro, pequenas e médias empresas, dos trabalhadores da mina de Neves Corvo e de Aljustrel, bem como dos trabalhadores da saúde onde havia injustiças muito grandes”. Neste caso, “não eram cumpridos direitos de pagamentos devidos com retroativos aos trabalhadores, a todos eles, mas principalmente aos enfermeiros, assistentes operacionais, técnicos superiores e assistentes técnicos, em que o PCP conseguiu mais de 600 trabalhadores para uma intervenção na Assembleia da República (AR), mas também junto do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo. Garantiu que esse dinheiro fosse pago e a valorização desses salários que era devido”.
Aspectos valorizados pelo deputado em simultâneo com “o acesso à saúde, os problemas com o Hospital de Beja, as dificuldades nas acessibilidades, no aproveitamento do Aeroporto e nas questões relacionadas com a ferrovia. Foi o PCP que esteve sempre na linha da frente, exigindo, lutando e apresentando as propostas na AR, que se tivessem sido aceites para dar caminho a estas concretizações, hoje a população de Beja estaria com outras perspectivas”.
Para o ano que aí vem, sabe que vai ser “difícil”, sobretudo “para quem já foi em perda em termos económico financeiros”, com “pensões e salários baixos”, um 2024 marcado “por muita instabilidade”, mas “com um PCP confiante no trabalho que fez em 2023”.
Balanço do ano que termina e objectivos para o que aí vem, foi o cenário traçado pelos deputados Pedro do Carmo e João Dias, eleitos por Beja.