Roubo e agressões a olivicultor de Moura causa insegurança no concelho

O presidente da Câmara de Moura, Álvaro Azedo e o presidente da Cooperativa Agrícola de Moura, José Duarte, condenaram as agressões ocorridas este domingo, 26 de novembro, a um agricultor do concelho, ao ser surpreendido na sua propriedade privada por indivíduos a furtar azeitona. “Quem agride de forma bárbara um agricultor que tenta proteger aquilo que lhe pertence, não fica sem punição”, disse o edil de Moura, referindo que importa “fazer justiça”, para “bem de todos quantos vivemos no concelho de Moura”. O ataque obrigou a um internamento hospitalar do associado, segundo informou a cooperativa.

Após a situação, o autarca tem mantido contacto com o Comandante Distrital da Guarda Nacional Republicana de Beja, o Tenente Coronel Galvão da Silva e com a Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos (CAMB), já que a vítima é associada da cooperativa, no sentido de haver um “reforço de medidas que permitam uma melhor fiscalização e acompanhamento da campanha da azeitona” para evitar que “barbaridades como a ocorrida não torne a suceder”.

“De forma a garantir a segurança de pessoas e bens, foi solicitado um reforço do patrulhamento do concelho, estando a Câmara disponível para garantir o apoio logístico aos militares da GNR que venham a ser deslocados para o concelho de Moura”, avançou Álvaro Azedo.
Em nota de imprensa, a CAMB repudiou igualmente a “agressão bárbara que obrigou a internamento hospitalar de um seu associado”. O ataque revelou “indiferença e falta de respeito pela dignidade de outro ser humano” e vai ser apresentada uma queixa crime “logo que o estado de saúde do agredido o permita, para que os responsáveis possam ser punidos exemplarmente”.

O Conselho de Administração da CAMB reitera que estas “agressões criminosas causam repugnância e demonstram o sentimento de impunidade e de insegurança que se vive na região, onde vale tudo para furtar azeitona mesmo que se parta para agressões selvagens em propriedade privada”. A administração considera que o controlo dos furtos realizado com “patrulhamento de proximidade e a fiscalização de quem recebe a azeitona furtada, deve ser feito de forma musculada e continuada”.

O presidente da associação, José Duarte, sabe o que tem de ser feito para que os furtos diminuam. “Um reforço sério do patrulhamento” e um “policiamento de proximidade” semelhante ao que foi feito em 2010 com a campanha “Azeitona Segura”, onde essas acções eram feitas nos olivais com patrulhas, a cavalo e com moto 4, mas sabe que as forças de segurança “não têm nem meios humanos, nem materiais” para o fazer.
Consequentemente situações desta gravidade podem voltar a repetir-se. “Os agricultores não se sentem seguros a ir para o seu local de trabalho, não se sentem seguros a ir para os olivais”. “Há um grito de revolta dos agricultores e dos olivicultores em particular” com a falta de segurança nos olivais do concelho de Moura.

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